Tudo travado

Escrito por Samuel Bittencourt

O forte crescimento populacional do Conjunto Caiuá, na CIC, nos últimos anos, não foi acompanhado na mesma proporção por investimentos em infraestrutura. Com média diária de 16 mil usuários que dividem os 3 mil metros quadrados do terminal de ônibus da região, os problemas de mobilidade têm sufocado o trânsito.

“Durante o dia até que é tranquilo pegar ônibus, mas em horários de pico temos até fila só para entrar no terminal Caiuá”, explica Marislei Aparecida de Lima. Três vezes por semana ela visita a mãe, que vive no conjunto da Cohab há mais de 20 anos. Segundo Marislei, a cada ano que passa o bairro recebe novos moradores.

Ampliação

Marislei: trânsito congestionado. Foto: Giuliano Gomes.
Marislei: trânsito congestionado. Foto: Giuliano Gomes.

“Percebo que antes era perigoso pegar ônibus, pois a região era muito vazia. Hoje, não temos tanto esse problema, mas como existe apenas um acesso principal para chegar ao terminal ficamos muito tempo parados e vemos muitos acidentes”, conta. Para ela, uma solução seria a ampliação do terminal. “Apesar de ainda não ser crítica a situação, daqui a algum tempo será inevitável. Pois no ritmo que as casas são construídas, a estrutura parece não acompanhar”, diz.

Novas linhas no terminal

Devido à desintegração parcial do transporte coletivo metropolitano, o terminal do Caiuá conta com novas linhas para suprir a demanda dos trajetos extintos pelo término do convênio entre Urbs e Comec. A Ligeirinho CIC/Cabral substitui a linha Colombo/CIC, que transportava 35,8 mil usuários por dia. Já a Barreirinha/São José, que atendia 17,5 mil passageiros por dia, deu lugar à linha Barreirinha/Guadalupe, onde o usuário pode fazer baldeação para o ônibus Boqueirão/Centro Cívico.
A mais recente linha criada foi a Fazendinha/Guadalupe, que garante a integração dos usuários que realizam o trajeto Tamandaré/Fazendinha, encurtado por determinação da Comec.

Cruzamento estrangulado

Um dos pontos de maior congestionamento é o sinaleiro na Rua Raul Pompéia, no cruzamento com a Avenida Juscelino Kubitscheck. De acordo com os moradores, nos horários de pico, os veículos chegam a levar 20 minutos apenas para atravessar o viaduto que passa por debaixo do Contorno Sul. “Neste ponto o trânsito já é lento em horários normais, mas em horários de pico a situação é ainda pior. A lentidão gera muitas filas e é normal observar motoristas fazendo manobras imprudentes”, relata.
De acordo com a prefeitura, já está em fase final o projeto de nova trincheira para a região de congestionamento na Rua Raul Pompéia, inserida na série de intervenções que devem ocorrer no Contorno Sul. A prefeitura informou que todas as reclamações envolvendo o terminal podem ser feitas via 156.

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