Basta chover para os acidentes envolvendo motociclistas começarem. É assim que comerciantes do bairro Boa Vista, em Curitiba, descrevem o cruzamento da Rua Flávio Dallegrave com a Rua Simão Mansur. No encontro das vias há uma linha férrea e este é o problema, segundo moradores. O asfalto parece bom, mas os trilhos aparentam estar mais altos que o nível do solo, o que gera dois dedos de diferença entre um e outro.
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“Isso é igual sabão quando chove. O trilho está longe do asfalto e então quando os motociclistas passam ali a roda entra, faz com que eles escorreguem e caiam. Eu já cansei de ver gente caindo aqui. Quando desaba aquela chuva forte pode ter certeza que pelo menos quatro motoqueiros vão se acidentar. Nós estamos cansados e parece algo tão simples de resolver, eu não entendo essa situação”, disse um rapaz que prefere não ter o nome divulgado.
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No dia 14 de janeiro deste ano uma forte chuva – aliada com o problema na via – fez com que pelo menos cinco motociclistas caíssem após passarem pelos trilhos do cruzamento, ainda conforme o relato de moradores da região. Em um dos acidentes uma mulher de 44 anos teve ferimentos moderados, foi socorrida pelo Siate e a princípio precisou ser encaminhada ao hospital. Logo após estes registros alguns vizinhos resolveram pendurar um cartaz com a seguinte frase: “Motoqueiro, cuidado! Trilho, com risco de queda. Até quando?”. Apesar do apelo, os problemas continuam.
Testemunha ocular
Cansado de presenciar tantos acidentes, já que tem um comércio em frente ao local, Eduardo Arruda, de 35 anos, resolveu gravar um vídeo e postar nas redes sociais. Em poucos minutos de gravação é possível ver um motociclista caído no chão. Além desta postagem, que rendeu quase 30 mil visualizações e dezenas de comentários, ele fez diversas fotos em diferentes dias.
“A gente precisa de um reparo nesta linha do trem. Eu já perguntei para algumas pessoas da região e eles falam que já entraram em contato com a Prefeitura e com a Rumo, mas até agora ninguém resolveu. Fica em um jogo de ‘cá pra lá’ e quando chove, no mínimo, cinco pessoas caem durante o dia. Não é questão de ‘barberagem’ é por conta do problema na via. Não há condição para os motoqueiros, isso porque o trilho é na diagonal, eles escorregam e caem”, disse.
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O morador ainda conta que muitos motociclistas não chegam nem a chamar o Siate, só “levantam e vão embora”. “Muitos caem, pegam suas motos e vão embora. Por sorte, não se machucam e seguem a vida. O problema é que alguns se machucam e até se levantarem, alguns carros estão atrás e podem não frear a tempo. A gente tem medo de um acidente maior, já que o fluxo é intenso no fim da tarde”, finalizou.
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Questionada sobre o problema no cruzamento, a Prefeitura de Curitiba disse que o Distrito de Manutenção Urbana (DMU) da Regional Boa Vista está agendando com a empresa Rumo, responsável pelo transporte ferroviário, providências para evitar acidentes, especialmente de motociclistas. A expectativa que é o DMU realize nos próximos dias uma correção no pavimento para solucionar o problema.
Já a Rumo informou que o trilho não apresenta nenhuma irregularidade e que as manutenções nos cruzamentos rodoferroviários, “tais como condições do pavimento, dispositivos de sinalização rodoviária, acessibilidade e demais melhorias para pedestres e veículos é de responsabilidade da prefeitura, por se tratar de vias municipais”, finalizou a nota enviada à Tribuna.
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