Pelos arredores de um dos condomínios mais populosos da Rua Ernesto Biscardi não é raro encontrar pessoas que optem por ir a pé pelo atalho, que dá acesso ao Capão Raso em poucos minutos. Também não é difícil conversar com motoristas que lamentam ter que enfrentar trânsito bastante congestionado em vias como a Pedro Gusso. Todos concordam que esse trecho seria alternativa bem interessante para desafogar as vias mais movimentadas para quem se desloca entre CIC e Capão Raso.
A empresária Marilena Pacheco, 57 anos, que reside na CIC, a poucos metros desse caminho improvisado, prefere deixar o carro em casa e seguir a pé até o negócio da família, um lava-car no Capão Raso. “É um sufoco ir de carro, porque nos horários de pico tranca a Pedro Gusso. E assim fica difícil até para almoçar. Caminhando eu chego mais rápido e, dependendo do dia, pego carona até o final da rua no Capão Raso”, explica.
Dificuldade
Outra moradora da região, Kelli Daiane Reinaldo, 29 anos, não consegue abrir mão do veículo. “Tenho um bebê de colo e preciso do carro. Só que desde a panificadora até o próprio parque industrial estão do outro lado e a única opção é enfrentar o trânsito da Pedro Gusso ou da Winston Churchill”, avalia. “Se desse para seguir por aqui seria muito mais rápido, e ficaria mais seguro, porque eliminaria esse mato que tem ao redor dessa ligação improvisada”.
Planejamento
De acordo com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), já existe diretriz favorável à abertura de rua para estabelecer ligação entre a Rua Ernesto Biscardi e a Rua Willibaldo Kayser, estabelecendo alternativa viária para acesso ao Eixo Estrutural. O Ippuc ainda precisa desenvolver estudos para determinar a melhor maneira de realizar esta ligação, já que além do benefício local é necessário analisar o impacto em todo o planejamento viário da cidade. Após essa etapa será elaborado um projeto executivo.