“Muitos pararam de estudar porque moravam longe da escola ou porque tiveram de ir trabalhar, ou ainda, as mulheres, cuidar dos filhos. Mas voltam porque querem ingressar no mercado de trabalho, ou simplesmente incentivados pelos filhos a aprender mais. Temos até senhoras com 60 anos que voltam a estudar”, conta a pedagoga da EJA no Núcleo Regional de Educação na CIC, Andressa Boaventura dos Remédios.
Por isso, muito mais que melhorar a renda, o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi criado para auxiliar quem não frequentou a escola ou a deixou antes do esperado. E assim, terem a oportunidade de melhorar suas próprias vidas, com a aquisição de novos conhecimentos.
Na CIC, são pelo menos 16 pontos em que o EJA é ofertado, em pelo menos 14 deles, de forma totalmente gratuita. Não há desculpas para não voltar a estudar: há diferentes formatos de curso (veja o box), para que o aluno consiga aprender e se diplomar e traçar novos planos.
Força de vontade
São cerca de 3,2 mil pessoas matriculadas nessa modalidade na região. Entre elas, a copeira Luzia Avelino da Silva, 41 anos, que quer completar o ensino fundamental. “Parei no 4.º ano. Leio bem, mas tenho dificuldade na hora de escrever. É muito ruim tem de ficar pensando se uma palavra escreve com um ‘erre’ ou dois, é complicado às vezes ter de escrever um recado”, conta a estudante do EJA na Escola Municipal Joaquim Távora.