Todo surfista já passou alguma vez por isto: acordar muito cedo pra pegar a estrada e quando chega à praia, lá pelas 7h30 ou 8h, as ondas estão ruins. Aí o negócio é rodar de praia em praia procurando boas ondas. Em algumas vezes, não há remédio se não subir a serra de volta para casa, sem sequer entrar na água. Foi-se dinheiro do combustível, do pedágio e um baita tempo perdido. Foi passando diversas vezes por esse problema que o representante comercial e surfista curitibano Rodrigo Gasparin, 30 anos, decidiu colocar em prática um sistema de câmeras ao vivo, para que o surfista possa ver as condições do mar antes sequer de sair da cama. Mas o Surf View, nome dado ao sistema, já anda chamando atenção de outros públicos além do surfe.

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Rodrigo explica que já saiu muitas vezes da cama às 5h ou 5h30 da manhã e, ao chegar na praia, teve que ficar rodando os balneários. Ia de Guaratuba até Pontal do Sul, no litoral do Paraná, e voltava de novo a Guaratuba, em busca das melhores ondas. “Já existiam vários sites que davam a previsão das ondas. Mas eles começavam a ser atualizados lá pelas 8h30, 9h da manhã, quando já estávamos na praia. Eu morei três anos na Austrália e lá já existia esse sistema de câmeras ao vivo, que você pode olhar qualquer hora do dia ou da noite. Então resolvi implantar esse projeto aqui”, diz Rodrigo.

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O representante comercial encontrou um sócio investidor e no início do ano passado foram instalar as primeiras sete câmeras no litoral do Paraná e Santa Catarina, além de criar a plataforma online para acesso às imagens. Hoje já são 42 câmeras nos litorais do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. No Paraná, Rodrigo já instalou todas as que foram planejadas. Nos outros estados, estão finalizando a instalação de mais câmeras e, em breve também haverá imagens de Pernambuco, Alagoas e Bahia. A maioria delas é instalada em comércios em que a Surf View fecha parcerias e, em troca, divulga nas imagens das câmeras propagandas dos comércios. Já outra pequena parte é instalada em postes públicos, com as devidas autorizações das prefeituras locais.

Além do surfe

Empresario Paranaense Rodrigo Falcão Gasparin, CEO do Surfview, cria site que oferece câmeras em frente a picos de surfe 24 horas. Foto: Denis Ferreira Netto/Tribuna do Paraná

A Surf View já começou a chamar a atenção de outros públicos. Além dos surfistas, pessoas que gostam de passear de barco ou que simplesmente gostam de curtir uma praia se tornaram assinantes para ver o mar e decidir se vão ou não sair de casa. Enquanto estava em fase de testes, expansão e divulgação, o Surf View passou um ano sendo gratuito. No início de 2018, passou a ser pago, mas por uma assinatura bem modesta.

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Há dois pacotes: o básico (com acesso a duas câmeras à escolha do assinante e propagandas em algumas delas) por R$ 4,90 ao mês, ou então o premium (com acesso ilimitado a todas as câmeras e sem propagandas) a R$ 9,90 ao mês. “O básico, por exemplo, é menos que um litro de gasolina e muito menos que o pedágio. Então considero uma ótima economia de tempo e dinheiro”, diz Rodrigo, depois de muitas viagens “perdidas” ao litoral.

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Mas tem só câmera?

Com o tempo, o Surf View passou a incorporar novos serviços, além da visualização das câmeras. Um deles é a previsão da condição das ondas e ventos para até 10 dias. Ou seja, é possível ter uma prévia programação de viagem à praia, sem contar os “alertas” emitidos pelo aplicativo no celular. O outro é o “serviço de timeline”. Para os assinantes do pacote premium, as imagens das câmeras ficam gravadas por até sete dias. Então o surfista (ou qualquer outro usuário) pode ver depois como foi o seu dia de surf ou banho de mar, fazer o download da imagem e compartilhar o vídeo em suas redes sociais.

Sucesso

A plataforma já está fazendo tanto sucesso que está até patrocinando dois grandes nomes do surfe brasileiro: o paranaense Peterson Cristanto, que acabou de ingressar no circuito mundial e irá disputar campeonatos com nomes mais famosos do surfe; e o paulista Miguel Pupo, também destaque no cenário nacional.

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