Curitiba

Retorno da morte

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Moradores e trabalhadores do Jardim Guarany, em Campo Largo, estão preocupados com os constantes acidentes que vêm ocorrendo nos dois retornos localizados na altura do quilômetro 104 da BR-277. Segundo que vive e trabalha por lá, as colisões acontecem quase que diariamente no trecho. O último grande acidente no local aconteceu há dez dias, quando dois homens morreram instantaneamente numa colisão entre um carro e uma moto.

cacadores1“Estamos assustados, pois o bairro está crescendo e com isso o movimento na rodovia também aumenta e cada vez mais fica difícil pros moradores do bairro conseguir fazer o retorno de maneira rápida e segura. Então o pessoal abusa da imprudência e arrisca mesmo”, diz Adriano Vieira Rodrigues, funcionário de um posto de combustível localizado em frente a um dos retornos.

Marcos Pavani, que também trabalha no posto de combustível, conta que os acidentes têm se tornado rotina na região, assim como os atropelamentos. “Dá acidente quase todo o dia e o pior ponto fica no local onde o pessoal do bairro tem que atravessar a pista sentido Ponta Grossa porque a visão é muito ruim. E têm acontecido atropelamentos também. Mas isso é culpa do pessoal que não quer usar a passarela”, ressalta.

Para o motorista Márcio Fister, que transita diariamente pela rodovia, diz que o trecho tem se tornado perigoso por causa do alto movimento que a rodovia recebe todos os dias. “A região cresceu muito e ainda tem muito carro circulando entre Curitiba e Campo Largo. Tem ainda o movimento do interior. E isso influi no número de acidentes”, afirma.
Para ele, o ideal seria a construção de uma trincheira no local para tornar a travessia mais segura. “Tinha que construir uma trincheira para o pessoal sair aqui dos bairros e das zonas rurais com mais segurança. Colocar radar não vai adiantar muita coisa. Mas é preciso fazer alguma coisa, pois os acidentes estão acontecendo”, opina.

Sem trincheira

Por meio da assessoria de imprensa, a CCR Rodonorte, concessionária que administra o trecho, informou apenas que no contrato de concessão não há previsão de construção de uma trincheira na altura do quilômetro 104 da BR-277 e nem em qualquer outro ponto do trecho entre Curitiba e Campo Largo.

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