Quase na Tailândia

Foto: Felipe Rosa.

Lembra do Marcelo, que precisava juntar R$ 150 mil pra fazer um tratamento com células-tronco na Tailândia? Ele conseguiu quase tudo e embarca às 21h desta segunda-feira (25). Mas juntar a grana não foi fácil. Além da maratona de eventos e rifas, e de ainda faltar R$ 10 mil (que custeará o tratamento aqui no Brasil, quando voltar), a noiva dele, Renata, foi furtada e os bandidos conseguiram sacar R$ 4.590 da conta aberta para a campanha.

O crime foi há duas semanas. Renata diz que comprou um lanche na Rua José Loureiro, Centro de Curitiba, e em seguida pegou seu carro no estacionamento quase em frente para seguir rumo ao trabalho, perto da BR-116. “Não percebi o furto. Quando estava quase chegando no trabalho, começaram a chegar mensagens do banco no meu celular, de compras em estabelecimentos ao redor da Praça Carlos Gomes, saques no banco e em casa lotérica”, diz ela, que além de carregar seus documentos pessoais, também levava alguns de Marcelo, para conseguir ajeitar a documentação da viagem e outras coisas da campanha de arrecadação. Entre os documentos estavam os cartões bancários da campanha.

Foto: Felipe Rosa.
Foto: Felipe Rosa.

Muito rápidos

Renata diz que, em menos de 10 minutos, o prejuízo chegou a R$ 4.590, tirados só da conta da Caixa. “Eu não faço ideia como eles conseguiram descobrir a senha do cartão. Registramos boletim de ocorrência e a polícia está investigando. Os cartões dos outros bancos eles não utilizaram. E a Caixa diz que não vai nos ressarcir. Se quisermos, terá que ser via judicial”, relata. A noiva de Marcelo revela que, neste dia, eles ainda não tinham pago o tratamento na Tailândia e ficaram com medo de perder mais dinheiro. Mas, no fim das contas, conseguiram bloquear os cartões e fazer os pagamentos de R$ 81 mil referente ao tratamento e R$ 17 mil das passagens aéreas.

Quase embarcando

Como Marcelo enxerga apenas vultos e tem muita sensibilidade à luz, Renata está indo junto para auxiliá-lo. Serão 37 horas de viagem. A previsão é chegar às 13h de quarta-feira e ir direto para o hospital internar.

Marcelo não enxerga devido a uma inflamação no nervo ótico, que o atrofiou e matou algumas células. O problema começou por conta de um cisto no cérebro, mas que atualmente está resolvido. Na Tailândia, ele receberá 120 milhões de células-tronco no organismo, que podem regenerar o nervo e trazer a visão de volta, pelo menos parcialmente. Serão quatro tipo de injeções diferentes. “Os médicos não nos dão nenhum tipo de expectativa. Mas temos observado outros pacientes e os resultados têm sido muito bons”, conta Renata.

Durante o tratamento, Marcelo precisará passar por uma dieta rigorosa, cortando inclusive carboidratos e açúcares, para que as células-tronco respondam melhor e mais rapidamente. Ele já começou a dieta há quatro semanas e continuará quando voltar. As células-tronco ficam por um ano agindo no corpo.

Eles retornam dia 13 de outubro e o jovem terá que fazer fisioterapia de estimulação e reabilitação do nervo ótico. Serão pelo menos 50 sessões. Os R$ 10 mil que faltam serão usados para custear estas terapias.

Como ajudar o Marcelo?

Caixa Econômica Federal
Agência 3877
Operação 013
Conta Poupança: 00002490-1

Itaú
Agência: 8783
Conta Corrente: 04934-2

Marcelo Costa e Silva Júnior
CPF: 077.828.679-75

Telefones de contato: 3332-3197 / 99719-5586 (Renata)
Facebook: Marcelo na Tailândia

Lembra da Isa?

A Tailândia é dos poucos locais do mundo que possui alguns tratamentos especializados com células-tronco. Também foi lá que a pequena Isabela Pessaia Werner, 2 anos, que já teve a história contada pela Tribuna, buscou a cura para um problema no cérebro. Ela nasceu prematura e com parada respiratória, o que lhe ocasionou uma paralisia cerebral. A família precisava de R$ 200 mil para custear a viagem e o tratamento.
Em maio do ano passado, a pequena chegou a Bangkok e teve resultados motores e cognitivos excelentes. As células-tronco foram injetadas na medula e no sangue, que foram capazes de renovar algumas células mortas no cérebro e fazê-lo funcionar melhor. Também fortaleceu músculos, que estavam atrofiando. A parte cognitiva também foi notável. Já na viagem de volta, conta a mãe Angéli Pessaia Pereira, Isa fez sua primeira ‘birra‘. Chacoalhou as perninhas e chorou porque queria um brinquedo. “Ela ficou mais alegre, sorria muito mais. Não chegou a falar, mas balbucia”, conta a mãe.
Foto: Felipe Rosa.
Foto: Felipe Rosa.
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