Pura alegria!

Uma família circense. É assim que podemos definir a família do Roberto Gomes da Silva, 57 anos, que hoje é o proprietário do Circo Romanos, fundado em 1962. Seus pais começaram com o circo há 55 anos, mas a tradição vem de longa data. O amor é fruto de gerações passadas da família e está no sangue há pelo menos 150 anos. A sua avó, Augusta Stankowich, foi uma das circenses pioneiras no Brasil.

Foto: Átila Alberti.
Foto: Átila Alberti.

“A minha avó é bastante conhecida no ramo. A minha mãe e o meu pai sempre tiveram circo e tudo começou naquela época. A gente chegou a passar por dificuldades e nós mantemos atrações tradicionais e todas fazem muito sucesso. A nossa paixão pelo circo é muito grande, afinal, nós sempre moramos aqui”, disse Roberto.

Ele recorda que, aos sete anos de idade, viajava em carroças e os espetáculos eram feitos em um paiol improvisado. Roberto guarda forte lembranças de apresentações de duplas caipiras nos circos, como Tonico e Tinoco, Zico e Zeca, Nhô Belarmino e Nhá Gabriela, Liu e Léo e Cascatinha e Inhana. Estes artistas se apresentavam nos picadeiros junto com mágicos, trapezistas, palhaços e malabaristas.

Cantor Felipe Martins é neto de dupla sertaneja. Foto: Divulgação
Cantor Felipe Martins é neto de dupla sertaneja. Foto: Divulgação

E para relembrar os velhos tempos, quando o circo era o principal local de apresentação de cantores sertanejos, o jovem cantor Felipe Martins se apresenta neste final de semana no Circo Romanos. No repertório, clássicos do gênero. Ele é neto da dupla sertaneja Beri e Berinha, que também cantavam no circo.

De geração pra geração

Com a sede no bairro Fazendinha, o circo viaja por diversos estados e leva muita diversão à plateia. O período de tempo que fica em cada região é de duas semanas a um mês, dependendo do interesse do público.

Durante esse mês, o circo está no pátio de um supermercado do bairro. A mãe de Roberto, Diolinda da Silva, 79 anos, antigamente gerenciava o local, isso porque ela
e o marido fundaram o Circo Romanos. Desde muito jovem, ela trabalha ali e passou o amor para outras gerações.

“Logo que comecei, fazia diversos espetáculos. Meus filhos trabalhavam juntos e todo mundo era artista. Eu sinto falta do meu marido, que fazia parte de tudo isso. Fico feliz de ver que continuamos com o circo e com o sucesso. Agora meu filho cuida e eu ajudo em outras funções”, explicou.

O circo é composto por 30 pessoas, algumas delas são da família e outras são grandes amigas. A maioria dos espetáculos é feita por pessoas multifacetadas, isso porque cada um faz, no mínimo, duas atrações. O globo da morte, por exemplo, é realizado por um dos netos de Diolinda e essa paixão parece estar no sangue.

Laysson é exemplo de que o artista de circo tem que ser polivalente. Foto: Átila Alberti.
Laysson é exemplo de que o artista de circo tem que ser polivalente. Foto: Átila Alberti.

“Faço esse número desde os seis anos e eu gosto muito. Além disso, participo de outras atrações aqui no circo. Cada um faz uma parte e, de fato, está no sangue”, relatou Laysson Roberto Gomes da Silva, 17 anos, minutos antes de entrar no globo. Mesmo com a tecnologia, o circo ainda se mantém como grande atração na capital curitibana.

A arte circense continua impressionando quem é espectador, e é impossível não se divertir no lugar. Risada garantida é com o palhaço Pymentynha. O jovem Alex Junior Alves, de apenas 24 anos, consegue animar qualquer um. Com pouca maquiagem e figurino caprichado, o humor é contagiante.

“Comecei com dois anos a participar do circo. O meu pai era palhaço e agora eu sigo os passos dele. Eu interpreto diversos personagens e é assim que eu consigo me expressar. Longe do palco eu sou tímido e mal consigo conversar. Aqui, eu sou outra pessoa e consigo me divertir bastante. Desde sempre eu sou palhaço, mas comecei com dois anos”, explicou o palhaço.

Atrações como o Globo da morte chamam a atenção do público. Foto: Átila Alberti.

Atrações como o Globo da morte chamam a atenção do público. Foto: Átila Alberti.

Serviço

Circo Romanos

Preços: Criança R$ 10,00 e Adulto R$ 20,00

Endereço: Rua Alcir Martins Bastos, 483 – Fazendinha, Curitiba – Kusma Supermercado

Pontos de venda:

– Dentro do Supermercado Kusma da Fazendinha, Rua Alcir Martins Bastos, 483, de quinta a sábado, das 10h às 19h
– Na bilheteria do circo, a partir de uma hora e meia antes do início do espetáculo.
– Online www.gingressos.com.br

Sessões:

Sexta – Dia 17/11- 19h e 21h – com show do cantor sertanejo Felipe Martins

Sábado – Dia 18/11- 18h e 20h30 – com os Vingadores e Patrulha Canina

Domingo – dia 19/11 – 17h e 20h30 – com show do cantor sertanejo Felipe Martins e com a presença da Barbie brasileira

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