Uma das promessas de campanha do prefeito Gustavo Fruet, o Hospital Zona Norte, corre sério risco de não ser cumprida, ao menos na atual gestão. Mesmo com verba garantida, o impasse para construção do primeiro hospital na região é causado pela indefinição na escolha do terreno. Isso tem atrasado a apresentação do projeto, que prevê 268 novos leitos.
Além da contrapartida de R$ 24 milhões por parte da prefeitura, o novo hospital conta com R$ 30 milhões do convênio com governo federal e mais R$ 30 milhões da parceria com o governo estadual. Mas com a demora na definição do terreno, o Estado pode redirecionar o valor para outras obras na área da saúde e atrasar em pelo menos mais um ano a construção do Hospital Zona Norte. O novo hospital atenderia também Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Colombo e Pinhais.
Demora
“Esperamos há mais de 15 anos para que a região norte seja contemplada com um hospital. Apesar de ser uma das áreas mais populosas da cidade, ainda temos que nos deslocar para o centro ou para a região sul. Além do risco que correm as pessoas que necessitam de atendimento mais ágil, o hospital daria um salto na qualidade das pessoas que realizam acompanhamento ambulatorial e que ainda necessitam se deslocar para outras regiões para serem atendidos”, argumenta o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Adílson Tremura.
Indefinição
A principal opção a garagem desativada da Itapemirim, no Atuba. Segundo a prefeitura, o custo varia de R$ 9 milhões a R$ 12 milhões, mas a confirmação do terreno ainda depende da negociação com o proprietário. O hospital deve levar três anos para ser concluído.
“Tivemos algumas opções, como no Santa Cândida. Porém o terreno era de charco. Depois, no Cachoeira, mas o acesso único pela Avenida Anita Garibaldi e o distanciamento de outros bairros também não ajudaram. O Estado cogitou permuta com o município para ceder o pátio do Detran, mas não evoluiu. Sabemos que existe nova propriedade e que o valor necessário seria cerca de R$ 12 milhões. Acho que é pouco comparado com o orçamento de R$ 1,5 bilhões, e principalmente pelo retorno que o hospital traria ao desafogar o atendimento dos demais”, defende Adílson.