Morador do Hauer há 40 anos, o aposentado Urandy Ribeiro do Val conhece bem os problemas da região. Aposentado, mas muito ativo na comunidade, ele também aposentou o carro e fala com propriedade das necessidades de melhorias no local que escolheu para morar desde que saiu de São Paulo.
“Sou conselheiro do Conselho Estadual do Direito do Idoso e trabalho incessantemente por esta causa, além de batalhar pelo que é nosso de direito, como o número correto de vagas de estacionamento para idosos e deficientes. Enviei várias reclamações para os órgãos responsáveis, fizemos até reunião com o Ministério Público no dia 6 de novembro, mas até agora nada foi resolvido”, afirma Urandy.
Segundo ele, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no trecho entre o viaduto sobre a Linha Verde e a passarela do Hauer, passando o supermercado Muffato, o número de vagas especiais não está dentro da lei, que exige 2% do total para pessoas com deficiência e 5% para idosos. Ele contabiliza que apenas oito das 297 vagas existentes no trecho estão disponíveis para a terceira idade, mas estima que o correto seriam 15 vagas. “Eles calcularam o número de vagas retirando as para carga e descarga, por exemplo, mas a conta deveria ser sobre o total. E, para piorar, não existe uma vaga sequer para deficientes. Nem nas ruas transversais. Isso precisa de uma solução urgente”, reitera Urandy.
Mais vagas
Já a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) informa que o total de vagas de estacionamento na região é de 247, das quais nove são destinadas a idosos. Em breve, revela que a quantidade será ampliada para 12, para atender aos 5%.
Já por questões de segurança, as vagas para pessoas com deficiência serão implantadas nas vias transversais da Av. Mal. Floriano Peixoto.
Os estudos para indicação dos locais dessas vagas serão iniciados em janeiro 2016 e estão previstas no mínimo cinco vagas.
Lixeiras sumiram
Outro problema notado pelo aposentado é a falta de lixeiras nos dois lados da Avenida Marechal Floriano Peixoto no trecho entre o Shopping Cidade e o Muffato, no Hauer. Os pedestres não têm o que fazer e acabam ficando com o lixo na mão ou então jogam na rua. “Eu reparei nesse problema quando estava procurando por uma lixeira, andei todo esse trajeto e não encontrei nada”, afirma Urandy.
Segundo a Urbs, responsável pela fiscalização do contrato firmado em 2004 entre a prefeitura e a Clear Channel, que prevê a implantação de mobiliários urbanos, há em torno de quatro mil lixeiras na cidade e, pelo contrato, nesse trecho da Marechal, são quatorze quadras com quatorze lixeiras. A concessionária já foi acionada e, caso se comprove que faltam algumas dessas lixeiras, precisa repor em até 72 horas.