Primeira ginasta

Junto com as coreografias, o equilíbrio no tablado e a intensa preparação, Mariana Vitória Gonçalves Pinto, de 12 anos, carrega um sonho: integrar a seleção brasileira de ginástica rítmica. A menina, que já leva no currículo duas medalhas de ouro e uma de prata em campeonatos sul-americanos, está prestes a participar de mais uma disputa, mas faltam aproximadamente R$ 2 mil para ela, que mora em Curitiba, poder viajar para o Equador.

Se não conseguir a quantia, a família não vai ter condições de mandá-la. As passagens foram obtidas com ajuda da Secretaria Estadual do Esporte, onde a menina treina, mas o valor que falta pode ser ainda mais decisivo do que a compra dos bilhetes aéreos.

Foto: Lucas Sarzi
Foto: Lucas Sarzi
Foto: Lucas Sarzi
Foto: Lucas Sarzi

Sabendo que o valor envolve hospedagem, locomoção, alimentação, taxas internacionais e de inscrição, uniforme, custos com árbitros e seguro viagem, a família trava uma verdadeira corrida contra o tempo. “Temos feito de tudo, apertado onde dá, mas é difícil conseguir uma quantia tão alta”, revela a mãe da garota, Juliana Gonçalves Pinto.

Para tentar arrecadar um dinheiro a mais, a família teve a ideia de fazer sapatilhas para vender. Por R$ 20, os acessórios têm sido bem vendidos até entre as colegas de Mariana. “Mas vimos que não vai ser o suficiente. Por isso resolvemos pedir o apoio das pessoas, para que nos ajudem a continuar realizando o sonho da nossa filha”.

O que deixou a família ainda mais apreensiva é que foi dado um prazo para que o dinheiro seja arrecadado: dia 20 de junho, a próxima terça-feira. “Temos muito pouco tempo, mas acreditamos que vamos conseguir”, comenta a mãe.

Foto: Lucas Sarzi
Foto: Lucas Sarzi

Dedicação e esforço

Aos 12 anos, a dedicação da menina impressiona. “O treinamento não é fácil, pelo contrário, bem árduo. Ela treina cinco horas por dia, seis dias por semana, a fio. Mas é um dos nossos orgulhos”, diz a treinadora dela, Márcia Cristiane Moura Naves. Apesar de todos os problemas, a pequena atleta se mostra determinada.

“Já teve algumas conquistas que são importantes principalmente para o país. Uma ginasta talentosa, disciplinada e muito competitiva, o que é muito importante nessa área também”. A treinadora acredita que Mariana tenha total condição de trazer um novo título ao Brasil. “Ela está indo junto com três meninas, mas como a primeira ginasta do país. Ela é a número um. Mas não vamos conseguir sem a ajuda das pessoas”.

Foto: Lucas Sarzi
Foto: Lucas Sarzi

Foco na preparação

A primeira competição de Mariana foi na Colômbia. Ganhou ouro no sul-americano em conjunto. Logo depois, conquistou prata na Bolívia. Ano passado, em outro campeonato na Colômbia, voltou com um ouro individual. “Essa vai ser minha quarta competição. Estou tranquila, mas ansiosa”, revela a menina.

Mariana se considera preparada, mas às vezes bate a preocupação. “Treino muito, todos os dias, e minhas técnicas têm me aperfeiçoado a cada dia. Tento deixar as dificuldades para que meus pais resolvam e eu foque só nos treinos, mas às vezes fico com medo de algo não dar certo”, fala.

O sonho da pequena ginasta é grande. “Quero crescer e tentar ir para a seleção brasileira, competir fora do Brasil, fora da América e realizar meu sonho”. Pra ela, que carrega Vitória no sobrenome, pode ser apenas o destino sendo cumprido.

Como ajudar?

Doações bancárias:
Banco Bradesco
Agência 6460-2
Conta-corrente 0002224-1
Juliana Gonçalves Pinto
CPF 022.117.439-78

Comprando as sapatilhas:
(41) 99273-6690

Foto: Lucas Sarzi
Para tentar arrecadar um dinheiro a mais, a família teve a ideia de fazer sapatilhas para vender. Foto: Lucas Sarzi
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