Miniaturas de postos de gasolina antigos. O trabalho realizado pelo contador Arthur Boechat impressiona com a riqueza de detalhes e a semelhança com a realidade. A motivação foi presentear o filho de três anos.
A estrutura de MDF, com materiais como cabo de vassoura, prego, canudo e ventosa, a miniatura ganha forma. Com direito a oficina anexa ao posto, carros de brinquedo, estrutura elétrica, lojas de conveniência com freezer decorado, balcão e cadeiras. Bombas de gasolina com adesivos e pinturas, bandeira do lado de fora e pintura no chão despertam a atenção de quem observa. “Eu penso e desenho no papel, depois começo a trabalhar”.
Com exceção de alguns cortes a laser, Arthur Boechat faz tudo sozinho e diz que está melhorando na escolha dos materiais e ficando mais rápido na conclusão do trabalho. Um exemplo é a iluminação (todas as miniaturas têm lâmpandas). Na primeira, ele utilizou bateria de relógio, agora a escolha é por pilhas.
Para Arthur, a pintura é o mais complicado, por ser muito ansioso e querer ver o resultado final, mas a mais trabalhosa é a parte elétrica. O contador diz que está tentando vender as peças, mas esbarra em algumas dificuldades. “Alguns amigos me incentivaram, já levei duas peças em locais diferentes, mas eles querem deixar em consignação. Já tenho mais alguns interessados, mas não consigo encontrar uma embalagem adequada”.
Para realizar todo esse trabalho manual, nada melhor do que um local especial. Pai de uma menina de sete anos e um menino de três, Arthur dispõe de um cantinho muito agradável. A garagem da casa situada em São José dos Pinhais é toda decorada com objetos antigos. Algumas peças originais como rádios, televisores, um projetor de cinema, discos de vinil, garrafas, uma bicicleta e até uma geladeira da década de 20 que pertenceu a sua avó. “Eu queria consertar essa geladeira. Tem uma igual no museu de São José dos Pinhais”.
Mas o destaque é um fusca 1975 impecável que atrai a atenção pelo estado de conservação. O carro, que só conta com peças originais, foi todo restaurado e pintado pelo dono e um amigo. Com placa de colecionador, em breve o modelo estampará uma reportagem em uma revista especializada. “Esse aqui é utilizado para passeios de final de semana. Já é do meu filho. Uma das primeiras palavras que ele aprendeu a falar foi fusca”.
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– Você conhece alguém que produza miniaturas que impressionam pela riqueza de detalhes?
– Já fez algum brinquedo artesanal para seus filhos?
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Pedro Menck