Celebrando bodas de diamante após 60 anos casados, os paranaenses Aroldo e Adair Schwartzbach comemoram todos os anos na semana dos namorados o aniversário de casamento e mais um ano de uma vida feliz. Eles se casaram em 1955, no dia 11 de junho, pouco antes da data oficial do dia dos namorados, e juntos construíram uma família com 2 filhos, 5 netos e 4 bisnetos.
Morador antigo do Centro Cívico, Aroldo lembra como o bairro mudou. Mas para ele, o que também se transformou foram os namoros. ‘Quando conheci minha esposa, trocamos alguns olhares e fui conversar com ela. Depois conversei com os pais dela para começarmos a poder ir vê-la em casa‘, lembra. Na época, Aroldo servia a Aeronáutica e Adair trabalhava em afazeres domésticos para uma família em Curitiba.
‘No começo do namoro, íamos ao cinema e saíamos em passeios em São José dos Pinhais, onde meus pais moravam. Apenas nos víamos duas vezes por semana, e sempre com hora certa para voltar. Eu dizia que meu pai era bravo‘, recorda Adair. Ao longo de tantos anos, algumas brigas foram comuns, mas eles dão a dica: além de amor sempre deve existir paciência. ‘Hoje vemos que por qualquer desentendimento, as pessoas já se separam. É claro que não dá pra viver brigando, mas é preciso tentar entender o outro. Quando a gente ama não existe briga que não se esquece‘, diz.
Nesse período, o casal dividiu muitas alegrias com alguns momentos de superação. ‘Tivemos uma filha que nasceu com complicações no coração. Ela viveu com muita dificuldade até o 6 anos. Foi um momento de muita luta, mas no final tínhamos ainda um ao outro‘, desabafa Adair. O casal também superou diversas enfermidades. ‘No ano passado, ela sofreu dois enfartes e eu acabei de me recuperar de um câncer. Ela cuida de mim, eu cuido dela. E temos nossos filhos pra nos ajudar também, isso que importa‘, afirma Aroldo.
Ambos nasceram em 1934 e comemoram os 81 anos de vida, morando em uma casa repleta de boas histórias e grandes amizades. ‘Sempre nos reunimos com os amigos e familiares, jogamos bocha e fazemos um churrasco. Viver faz bem‘, diz.
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