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Quem passa pelo cruzamento da Alameda Doutor Carlos de Carvalho com a Rua Francisco Rocha, no Batel, em Curitiba, tem se surpreendido. Por lá, os motoristas que param no semáforo têm a possibilidade de ajudar num casamento de dois jovens que não desistiram do sonho mesmo depois de perderem o emprego. Como ajudar? Comprando brigadeiros. O preço? Você é quem manda!

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A noiva, Caroline Padilha, 18 anos, já vendia brigadeiro para ajudar a pagar a faculdade. “Mas aí ficamos desempregados, ela acabou trancando a faculdade, mas não desistimos de casar e resolvemos vender os brigadeiros para pagar a festa”, contou Marllos de Oliveira, 20 anos, o noivo.

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Por semana, a dupla tem vendido pelo menos 400 brigadeiros e não estabelece preço, só prazo, já que o casamento é no dia 7 de dezembro. “Se a gente fosse estabelecer um preço, teríamos dificuldade em dar o troco por estarmos em meio ao trânsito, então deixamos que cada pessoa dê o quanto ela pode pagar. Na maioria das vezes, o brigadeiro acaba sendo só um plano de fundo para que as pessoas nos ajudem”, comentou o rapaz.

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Antes de ficarem desempregados, ela cursava Engenharia Civil e ele trabalhava como vendedor comercial numa empresa. “A nossa vida seguia um rumo totalmente diferente do que a gente tem hoje, mas até isso tem sido incrível, porque a experiência do sinaleiro mudou nossas cabeças também”, disse Marllos.

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Casal vende brigadeiro no sinaleiro para poder pagar o casamento. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Além de conseguir vender todos os brigadeiros que levam todos os dias, o casal já se surpreendeu com a atitude de algumas pessoas. “Ganhamos o meu vestido e o serviço de um fotógrafo, tudo de gente que passou, nos viu e decidiu nos ajudar de alguma forma”, contou Caroline. “Já o bolo, ganhamos de uma loja de doces que fica bem próximo do cruzamento, também porque se sensibilizaram”, completou Marllos.

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Com data marcada, o casal corre contra o tempo, mas não perde a esperança. A ideia é fazer um café colonial após a cerimônia, no salão da igreja. “Depois da data, já sabemos que pelo menos o brigadeiro mudou a nossa vida e aí estaremos prontos para novos desafios”.

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