A rifa de uma kombi ano 1985 deve arrecadar recursos para manter a vida do Felipe Fernandes, 8 anos, menino que nasceu com paralisia cerebral. O pai, o analista de logística José Eduardo Fernandes, 40 anos, cuida do filho com a ajuda de outras duas cuidadoras 24 horas por dia. A mãe morreu cinco dias depois do parto. Por isso, a família precisa de recursos para manter os cuidados, tratamentos necessários e comprar diversos outros materiais para o Felipe.
Só o salário de Eduardo não dá conta do recado. O veículo é do modelo clipper, com motor 1.6. Serão mil números para concorrer ao prêmio. A Tribuna do Paraná contou a história do Felipe em agosto de 2016.
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Segundo José Eduardo, os números para participar da rifa da kombi podem ser escolhidos pelo whatsapp dele, o (41) 99519-2458. É preciso enviar uma mensagem pedindo a lista de números disponíveis, de 0 a 999. O sorteio será pela Loteria Federal, após todos os mil números serem vendidos. Cada número da rifa custa R$ 40 e há a opção de comprar dois números por R$ 70.
Não é a primeira vez que a família pede o auxílio das pessoas para manter a qualidade de vida do menino. “Essas formas alternativas de conseguir recursos têm sido fundamentais. Recentemente, o Felipe passou por uma cirurgia de coluna, colocou 22 parafusos. Vários tratamentos de fisioterapia precisam ser feitos. Tudo tem custo, além dos valores que já são gastos com a rotina normal dele”, apela o pai.
Os pagamentos dos bilhetes podem ser feitos por depósito bancário e pelo aplicativo Picpay. “Todas as prestações de conta, do destino do dinheiro, são colocadas por mim na internet, nas redes sociais, para a pessoa acompanhar o que é feito com o Felipe. Com a rifa da kombi será a mesma coisa”, explicou o pai.
Segundo as regras da rifa, a kombi está em Curitiba. O veículo é licenciado, quitado, sem débitos ou qualquer tipo de restrição. A transferência do documento para o nome do ganhador será por conta do ganhador. O prazo para a retirada do veículo é de 15 dias.
A kombi foi comprada pela família, há cerca de três meses, exclusivamente para rifa. Ainda segundo o pai, o veículo está em perfeitas condições, a não ser por uma batida na dianteira que está sendo consertada.
“Quase não acreditei. Comprei, fui buscar, mas um carro de uma empresa acabou batendo nela no caminho pra casa. Já foi para a o conserto, já está pago pela empresa, e ela será entregue exatamente como na foto”, informa.
Batalha contra a doença
A luta pela vida começou antes mesmo de Felipe nascer. Durante o oitavo mês de gestação, a mãe começou a sentir fortes dores abdominais. Depois das consultas, o diagnóstico da médica era sempre o mesmo: cólicas gestacionais.
Infelizmente, a profissional estava errada. As dores precederam um sangramento excessivo e repentino. O susto fez o marido ir às pressas até um hospital.
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Depois de insistir por atendimento, conseguiu que a esposa passasse pelo exame de ultrassom e, em seguida, fosse levada à sala de pré-parto – ainda sem qualquer constatação de irregularidade.
Os médicos tinham como objetivo inibir o nascimento naquele momento “devido à prematuridade”. Só que, horas depois, o pai foi informado que a equipe médica iniciaria o procedimento para retirada do bebê, sem explicar a mudança de ideia.
Acompanhando o parto, Eduardo se assustou ao ver que o pequeno estava roxo e precisou ser encaminhado para a UTI – a perda de líquidos da mãe fez com que Felipe tivesse hemorragia cerebral. “Dentro do útero ele se debateu e o cordão umbilical também acabou pegando no pescoço dele”, lembra o pai. “Na maternidade, me disseram que ele possivelmente iria morrer. Se sobrevivesse, não iria andar, falar ou fazer qualquer coisa. Foi ali que meu sonho foi por água abaixo. Minha esposa, já debilitada, ouviu a notícia em silêncio e assim permaneceu”, recorda.
O bebê foi levado a um hospital e a mãe, a outro. Esgotada e não reagindo às transfusões de sangue, ela faleceu cinco dias depois.
Desde que Felipe nasceu, Eduardo vem recebendo ajuda, mas as contas são altas. “Ele precisa de tratamento diário, se alimenta com um leite especial, depende de remédios caros, sem falar nos equipamentos, cadeira de rodas, eretor”. As despesas com as cuidadoras giram em torno de R$ 4 mil por mês.
Doações:
José Eduardo Fernandes – (41) 99519-2458 ou 99879-7187 (Gennifer, esposa)
Banco Itaú
Agência 8616
Conta-corrente 23115-8
Felipe Oliveira Fernandes
CPF 099.920.949-31
Banco Santander
Titular: José Eduardo Fernandes da Silva
CPF: 288.060.568-75
Agência: 1270
Conta corrente: 01034511-1
Caixa
Titular: José Eduardo Fernandes da Silva
CPF: 288.060.568-75
Agência: 0369
Conta poupança: 402564-3
Operação: 013