Um homem do rádio. Natural de Santo Antônio da Platina, Benedito Martins é um verdadeiro contador de histórias. Com um humor ótimo, diverte a todos ao seu redor. Outra habilidade é de escrever poemas e poesias e declama-las de forma emocionante, como a história do cachorro que se sacrificou para salvar sua vida. Muito religioso, ele brinca que é fã de São Benedito que tem o mesmo nome que o seu, mas é devoto fervoroso de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Trabalhou na primeira rádio de Cornélio Procópio, a rádio Sociedade Cornélio Procópio, prefixo ZYR-5, onde apresentou um programa de sua autoria, o “Varandão da Casa Grande”. Já em Curitiba trabalhou nas rádios Clube, Paraná, Cultura e outras. Encerrou a carreira na Rádio Evangelizar há cerca de oito anos. Participou da criação da rádio Tapajós em São José dos Pinhais, em 1960, onde levou e apresentou o seu programa durante treze anos. Muito detalhista e perfeccionista, sempre gostou de organizar o material de trabalho. Ainda hoje guarda muita coisa utilizada na época, todas feitas à mão. Entre os itens, fitas K7 com mensagens de otimismo que ele mesmo gravava, fazia toda a arte, vendia e até entregava.
Do rádio pra Sunab
Apaixonado pelo rádio, Benê chegou a fazer um curso para aprender a desmontar e consertar os aparelhos. Sua esposa duvida que ele consiga, mas ele afirma que se tiver o material, é capaz de aplicar os aprendizados. Questionado se ainda ouve rádio, ele responde. “Hoje eu só tenho um para ouvir jogo. Quero um que toque fita K7”. A camisa do Coritiba deixa evidente seu gosto pelo futebol e ele se declara como “o pior goleiro de Cambará e Cornélio Procópio”.