Edite: mato é ameaça. Foto: Gerson Klaina.

Estar em meio à natureza e ao perigo é a realidade de duas instituições de ensino da mesma região, a Escola Municipal Álvaro Borges e o Centro de Educação Infantil Tia Heidi. A primeira fica na Rua Oswaldo Baggio e divide a quadra com um bosque nativo.

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A metalúrgica Edite da Rosa Silva, 47 anos, que há 15 mora perto da escola, afirma não ter coragem nem de cruzar o caminho do bosque. “Dou a volta na quadra, em vez de atravessar o bosque, porque tenho medo do que posso encontrar no caminho”, explica. Segundo ela, o espaço serve de abrigo para usuários de drogas e bandidos. “É uma ameaça permanente para os alunos e professores da escola, já que o local serve de esconderijo para foragidos”. A dona de casa Vânia Aparecida Alves, 36 anos, que é vizinha da escola há um ano, cita que o espaço também é usado como depósito de lixo.

Reféns

Vânia reclamou do lixo. Foto: Gerson Klaina.

No caso da Tia Heidi, que fica ao lado da Praça Antônio Sebastião da Cunha Gebran, na Rua Ladislau Luka, o perigo do terreno com vegetação densa é agravado por a escola ser frequentada por crianças de até 5 anos. São 60 alunos e mais 12 funcionários que se sentem reféns da falta de segurança, a ponto de transformar a bela escola em uma minifortaleza, com circuito de câmeras de monitoramento, que só abre os portões para a entrada e saída das crianças e dos profissionais.

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“Aqui na frente já aconteceram assaltos, em um deles levaram o carro da nossa diretora”, explica o diretor financeiro Gabriel Rodrigues Santana, 30. “Nunca entraram na escola, mas já usaram o telhado como atalho para o mato”, revela. Para evitar que os funcionários que usam ônibus sofram qualquer tipo de violência, os que têm carros dão carona até o terminal.

Poucos se atrevem a entrar na mata nativa que serve de refúgio pra bandidos. Foto: Gerson Klaina.

Rota de fuga de marginais

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Do lado de fora, na praça, os frequentadores admitem o receio de ter um terreno enorme e com vegetação densa próxima ao espaço. “Mesmo cercado, existem vários buracos na tela do terreno, porque é rota de fuga de malfeitores”, explica o metalúrgico Florisvaldo Pizola, 46, que leva os quatro filhos para brincar. “Recolho sempre que vejo algo estranho ou começa escurecer”.

Segundo a assessoria da Polícia Militar, o 23.º Batalhão realiza patrulhamento preventivo a atende às situações quando chamado pelo 190 em qualquer escola.

Em relação às escolas particulares, elas recebem a mesma atenção da Polícia Militar. Se estas escolas acionarem a PM, também serão atendidas.

Poucos se atrevem a entrar na mata nativa que serve de refúgio pra bandidos. Foto: Gerson Klaina.

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