Enfrentar o trânsito de Curitiba dentro de um táxi pode ser mais divertido a partir de agora. Uma boa leitura pode ser a companhia ideal para quem está preso entre as ruas congestionadas da capital. O projeto Bibliotaxi, do aplicativo Easy Taxi – utilizado em smartphones para chamar carros de praça – chegou em Curitiba há pouco mais de seis meses e já faz sucesso.
O passageiro que usa o aplicativo para chamar um taxi pode usufruir de uma minibiblioteca, com dois ou três livros de diferentes títulos. Se a leitura agradar, o livro pode ser levado para casa e devolvido em outra corrida.
Mas a novidade não agrada apenas aos usuários de taxi. Os motoristas também estão aproveitando o projeto para tomar gosto pela leitura. “Quando estou na rua não tenho muito tempo, mas já levei livro para ler em casa sim”, conta Josnei Alves dos Santos, o primeiro motorista a ter a biblioteca itinerante.
Ainda novidade, a biblioteca chama a atenção assim que o passageiro entra no carro. Vários livros ficam expostos em uma bolsa com diversas divisórias, presa ao banco. Basta o passageiro escolher o título. Mas para que o projeto atinja o sucesso de incentivo à leitura, existem algumas regras. “Primeiro você tem que ser usuário do aplicativo. Você pode devolver em qualquer outro táxi que esteja no projeto”, explica Josnei.
E o que mais agrada ao taxista é ver o respeito das pessoas pelo projeto. “Já peguei alguns passageiros devolvendo livros que não foram pegos no meu carro. E já tive também algumas doações”, conta animado o taxista.
Acervo
O projeto foi ampliado. Para comemorar os 100 anos de existência, a Saraiva doou 80 mil livros para o Bibliotaxi. São mais de cem títulos, entre eles alguns best sellers, romance, autoajuda, literatura estrangeira e nacional.
A nova coleção vai ajudar a suprir a demanda que o projeto já conquistou. Josnei sabe bem o quanto isso será importante para deixar a leitura dos passageiros em dia. Ele está sempre repondo livros em suas “prateleiras”. “Já tive que repor umas 14, 15 vezes. São dois, três livros a cada reposição. A saída é muito boa”, comenta o pioneiro no projeto de leitura em táxi em Curitiba.
