Que o capacete pode salvar vidas, todo mundo sabe. E não é só nos acidentes motociclísticos que o acessório pode significar a diferença entre a vida e a morte. Para portadores de pragiocefalia posicional, como a pequena Lohanne Gonçalves, de 11 meses, o apetrecho representa a chance de uma vida normal, livre das dificuldades motoras que enfrenta desde os primeiros dias de vida. O nome é complicado: “órtese craniana”. Mas para facilitar, os médicos batizaram o acessório de “capacetinho para plagiocefalia posicional”. Sem recursos para comprar o produto – único tratamento existente para o problema da filha – os pais de Lohanne pedem ajuda, na esperança de conseguirem proporcionar qualidade de vida, em longo prazo, à pequena.
Com quase um ano, Lohanne é um criança alegre. Agitada, a pequena explora o mundo com mãozinhas curiosas. A dificuldade está na hora de engatinhar. Para se locomover de um lado à outro no colchão da cama dos pais ela já desenvolveu um método: apoiada sobre os cotovelos, a pequena impulsiona as perninhas, uma de cada vez. Aos poucos, Lohanne vai rastejando até alcançar o que deseja. “A cabecinha pesa, então ela não consegue se apoiar direito para engatinhar e nem sentar”, explica a mãe, Jheniffer Gonçalves, 20.
Sem trabalhar por conta da doença da filha, a jovem mãe já se acostumou à rotina de consultas e exames. A cada mês, uma nova maratona médica com visitas ao ortopedista, fisioterapeuta, otorrinolaringologista e gastroenterologista. Tudo isso desde que Lohanne foi diagnosticada com pragiocefalia e braquicefalia posicionais – que são más-formações no crânio, provocadas pelo posicionamento intrauterino da criança durante o período gestacional. Após o nascimento, os portadores da assimetria podem ter o quadro agravado por conta do apoio viciado em apenas uma região da cabeça.
Quando não corrigida a tempo, a condição pode trazer consequências funcionais, estéticas e neurológicas definitivas ao portador como o desalinhamento da arcada dentária inferior, dores nas articulações da mandíbula, problemas para mastigar, perda parcial da visão secundária e desalinhamento das órbitas. Além disso, a deformação pode causar atraso no desenvolvimento neurológico, prejudicando a habilidade de comunicação e o desempenho de atividades básicas como lavar as mãos e se vestir sozinho.
Diante do triste prognóstico e ansiosos por encontrar uma solução para o problema de Lohanne, Jheniffer e o marido, o auxiliar de serviços gerais Emerson da Silva, procuraram o Sitema Único de Saúde (SUS) – já que não dispõe de recursos para pagar por consultas particulares. “Nos informaram que existia tratamento, mas que era caro e longe. A clínica especializada mais próxima ficava em São Paulo e teríamos de ir até lá, caso quiséssemos saber mais sobre o tratamento”, lembra. Sem condições de viajar à capital paulista, o jovem casal resolveu dar início à campanha “Todos por Lohanne” – por meio de uma página no Facebook. Com a pequena divulgação e a ajuda de familiares e amigos, eles arrecadaram cerca de R$1.100 mil, utilizados para custear a viagem. “Fiquei emocionada em ver que as pessoas realmente se engajaram para ajudar a gente. Nós nunca teríamos conseguido fazer a viagem sem aquele apoio”, afirma Jheniffer.
Com ânimos renovados, o casal chegou à São Paulo. Na clínica especializada à qual foram encaminhados, no entanto, boas e más notícias. A condição é corrigível, porém o prazo para início da intervenção é curto – já que o crânio do bebê só pode ser moldado até os 2 anos de idade. Único tratamento disponível no mercado, a “órtese craniana” é feita sob medida, e confeccionada de modo a conduzir o crescimento craniano em direção à normalidade. Caso o acessório não seja implementado até os 18 meses, a correção só pode ser alcançada por meio de tratamentos neurocirúrgicos de altos risco e custo. O preço do tratamento que inclui o “capacetinho” e os exames necessários, porém, está muito além do que é possível aos pais de Lohanne pagarem: R$14.900 mil. Além do preço cobrado pela clínica, o casal terá de levar a filha periodicamente à São Paulo por conta das consultas. Sem ajuda de nenhum programa do governo, o salário de R$1.100 mil de Emerson está muito aquém do necessário para custear o procedimento.
De volta à Curitiba, o casal decidiu continuar a campanha de arrecadação nas redes sociais, e conta com qualquer ajuda disponível. “Qualquer ajuda pode representar a diferença entre um futuro repleto de problemas e uma vida normal, como todo o pai gostaria de proporcionar aos filhos. Quem puder ou sentir no coração que deve ajudar vai estar fazendo parte da vida da Lohanne pra sempre”, finaliza Jheniffer.
Ajude a Lohanne
Vaquinha: https://www.facebook.com/TodosPorLohanne/
Depósitos
Lohanne Maria G. Silva
CPF: 131.647.319-81
Banco: Caixa Econômica Federal
Operação: 013
Agência: 2997
Conta Poupança: 00033985-6