Frequentadores do Cemitério Municipal do Boqueirão estão preocupados com os constantes episódios de violência ocorridos no local. Quem costumar ir ao espaço afirma que os assaltos têm se tornado comuns no entorno do cemitério. Além disso, alguns túmulos estão depredados e visitantes afirmam que já testemunharam jovens usando drogas dentro da área.
A aposentada Maria Gorete de Araújo, de 76 anos, afirma que de uns anos pra cá sempre pede a alguma parente para que a acompanhe quando vai visitar túmulos de amigos no local. “Não tem mais como vir sozinha. Principalmente nos finais de semana, quando está tudo mais vazio. Um parente já foi assaltado e desde então passei a me cuidar”, diz.
Os visitantes do Cemitério Municipal do Boqueirão também reclamam da falta de segurança no entorno do local. Segundo um comerciante região, que preferiu não se identificar à reportagem, constantemente ocorrem roubos de carros e pequenos furtos. “Principalmente nas ruas Dr. Danilo Gomes e Henrique Martins Torres, que são as laterais. São ruas desertas e pouco iluminadas e aí fica fácil pra roubar”, afirma.
O vendedor Paulo Henrique Xavier, que trabalha na região do cemitério conta que durante a noite o local não oferece segurança. “As ruas ao redor são escuras demais e sabemos que o bairro aqui não é dos mais seguros. Se para a gente, que só passa em frente para ir e voltar do trabalho, já é ruim, imagina para quem tem que ficar horas e mais horas aqui durante um velório. Precisa colocar mais policiais andando por aqui”, alerta.
Policiamento ostensivo
Segundo a Guarda Municipal (GM), responsável pela segurança dos cemitérios públicos de Curitiba, o Cemitério do Boqueirão conta com policiamento fixo de segunda à sexta das 7h às 19h, e durante à noite há sempre dois guardas municipais no local. “Esse tipo de operação ocorre há algum tempo. Inclusive nos finais de semana temos uma viatura posicionada no cemitério. Então, acredito que os casos citados na reportagem sejam isolados. Mas vamos reforçar as rondas no local para evitar novas situações perigosas na região”, disse Inspetor Frederico, diretor da GM.
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– Conhece outro cemitério em que os visitantes sofrem com a falta de segurança?
– Como estão as condições dos cemitérios que você frequenta?
