Em pouco mais de um mês, o centro de Curitiba ganhará um espaço inteiramente dedicado aos apaixonados por bicicletas. Trata-se da Praça do Ciclista, localizada na esquina das ruas São Francisco e Presidente Faria, que está sendo construída por meio de um mutirão organizado pelos próprios cicloativistas. “Será um ponto de encontro da nossa comunidade”, diz Jorge Brand, o Goura, coordenador geral do CicloIguaçu, entidade que lidera a construção do espaço.

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Ao total, o espaço contará com 128 m2 de um terreno cedido pela prefeitura de Curitiba. O projeto da “Praça de Bolso do Ciclista” foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), juntamente com os ciclistas envolvidos na causa. “Aqui teremos paraciclos, para as pessoas estacionarem suas bikes, uma rampa de acesso e um banco redondo que será colocado ao redor de um Ipê Amarelo”, conta Goura.

A ideia surgiu há cerca de dois anos, quando técnicos do Ippuc, que trabalhavam na revitalização da Rua São Francisco, informaram que a área era da prefeitura. “Nos contaram sobre o terreno e que se apresentássemos um projeto poderíamos utilizar a área para algum fim específico. Assim começamos as conversas e tivemos a ideia de uma praça para os ciclistas da cidade, mas só no início desse ano é que a coisa começou a andar de verdade”, explica Goura.

O cicloativista ainda explica que uma das ideias dos idealizadores do espaço é oferecer ferramentas para manutenção rápida das bicicletas e uma bomba de calibragem de pneus. “Mas pensamos isso para um segundo momento do projeto. O que queremos agora é finalizar as obras e entregar a praça”, afirma.

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Mutirão

A Praça do Ciclista está sendo construída em regime de mutirão. Os voluntários são convocados através das redes sociais e comparecem para trabalhar no sábado e no domingo. Segundo Goura, cerca de cem “operários” aparecem por final de semana. “Alguns dias atrás apareceram dois trabalhadores que estão atando nas obras da Arena da Baixada e nos auxiliaram com o levantamento do nosso paredão. Deram dicas supervaliosas”, conta. As obras começaram no início do último mês de maio e devem acabar no final de junho.

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Esse é primeiro projeto de espaço público executado pela própria população. “Acho que o que estamos fazendo aqui pode servir de exemplo. Tanto para os cidadãos, quanto para o poder público. O estado nem sempre pode e precisa oferecer tudo à população e aqui estamos mostrando que muita coisa pode ser feita com a participação de todos”, conclui Goura.

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