Livros que ajudam

Escrito por Magaléa Mazziotti

Do pai veio o gosto pela leitura e da mãe, a sensibilidade de compartilhar com quem necessita de ajuda. Essa combinação fez da cuidadora Maria José Barreto, 53 anos, uma pessoa atenta às mazelas relacionadas à fome, dependência química e doenças, como aids.Ela conta que, por quatro décadas, trabalhou com ações relacionadas às questões sociais em diversas instituições, desde o Centro de Recuperação e Prevenção O Caminho, A Verdade e A Vida (Precavida) até o Complexo Médico Penal de Piraquara, além de ações individuais desenvolvidas na divisa dos bairros Hauer e Boqueirão, onde nasceu e vive até hoje. “Aprendi com a minha mãe a não ignorar a dor do outro e a dividir o que tenho. Se ela tinha um pedaço de sabão e alguém precisava, ela cortava ao meio.E assim fazia com tudo, principalmente comida”, conta.

Há cinco anos, desde que encerraram as atividades do Precavida, ela busca maneiras diferentes de seguir no que define como “missão”. Foi então que o gosto pela leitura e a escrita revelaram um caminho ousado, o de escrever para ajudar as pessoas tanto com suas reflexões de vida quanto com os recursos que ela pretende levantar com a venda dos livros. “Inicialmente pensei em fundar uma ONG, mas desanimei. Foi então que pensei em usar arte e literatura para atingir as pessoas e atender os mais carentes”.

Ela explica que já produziu com recursos próprios os livros “Sementes de solidariedade” e “Meninos de Rua”. O título provisório da obra que ela planeja reverter em ajuda é “Se eu falasse a língua dos anjos”. Ela planeja lançar essa obra ainda no inverno de 2015. “Li na Tribuna várias histórias de pessoas comuns que são escritores e acredito que serei outro caso de sucesso e poderei ajudar muitas pessoas”, avisa.

Quem quiser contribuir com as ações de Maria José pode entrar em contato pelo 9560-7529.

 

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Sobre o autor

Magaléa Mazziotti

(41) 9683-9504