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O temporal que caiu na tarde de ontem fez muitos visitantes que estavam passeando pelos principais parques de Curitiba correrem para se proteger da chuva que insistia em ir e voltar. O Parque Barigui, por exemplo, estava praticamente vazio, e foram poucas as pessoas que tiveram coragem de sair de casa. Já no Jardim Botânico, principal cartão postal da cidade, o movimento de turistas (e também de curitibanos) era grande, apesar do tempo instável.

Um desses visitantes era o professor Gustavo Vianna, 39 anos, de Brasília. Ele veio visitar um irmão que mora em Curitiba e adorou a cidade. “Os parques têm uma estrutura muito boa e são de fácil acesso. Gosto bastante daqui”, explica. Já para o irmão, Marcelo Vianna, 41 anos, considerando o número de turistas que visitam a cidade e as pessoas que ficam em Curitiba durante o Natal e o Ano Novo, ainda falta um maior número de opções de lazer. “Temos muitos parques lindos, mas se chove é um problema. Além disso, também tem muitos estabelecimentos fechados”, reclama.

Para três jovens de Santa Catarina, protegidos com capas de chuva, a reclamação era a mesma. Apesar de estarem na cidade pela quarta vez, eles relataram algumas dificuldades. “Nós gostamos muito de Curitiba, mas em época de férias nós só temos os parques para passar o tempo”, explica a estudante Paola Kmn, 17 anos. Segundo eles, outro grande problema recorrente na cidade é a falta de restaurantes ou lanchonetes abertas. “A gente fica sem opção do que comer quando estamos fome”, diz a também estudante Jaqueline Fontana, 17.

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Além de atrapalhar o passeio de moradores e turistas, a chuva também dificultou a vida dos comerciantes ambulantes que dependem do tempo para conseguir uma boa renda. A vendedora de pipoca Caroline Brito, 25 anos, contou que o movimento está bem fraco neste temporada, em comparação ao último verão. “Nós trabalhamos aqui no Parque Tanguá e sentimentos no bolso que as vendas estão menores. A gente até comprou menos pipoca porque não estamos vendendo muito. Acredito que a chuva atrapalhe bastante e também as pessoas estão com menos dinheiro para gastar”, desabafa Caroline.

O mau tempo também reduziu as vendas de Osvaldina Chaves, 56 anos, que trabalha em seu carrinho de caldo de cana e água de coco no Parque Tanguá há mais de dez anos. “No último ano, estava bem melhor e o parque muito mais movimentado”, diz Osvaldina, que tentava atender aos turistas debaixo de muita chuva.

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Opções não faltam

Já para a professora curitibana Amsterdam Bianco, 36 anos, a cidade conta com boas opções de lazer mesmo durante esta época do ano. Ela, que costuma levar a filha para passear quase todos os finais de semana, conta entusiasmada tudo o que moradores e turistas podem fazer. “Temos passeios para toda a família e todos são de graça. Eu gosto mais do Parque Barigui porque a gente pode caminhar e minha filha consegue andar de bicicleta e de patins, mas tem muitos lugares lindos para se visitar, como a Universidade Livre do Meio Ambiente e a Torre dos Filósofos no Bosque do Alemão, que tem uma vista mais bonita do que a da Torre Panorâmica”, diz. A professora também recomenda o Bosque do Papa, o Parque São Lourenço e o Solar do Rosário. “Opções, a gente tem, basta se informar”, completa Amsterdam.