Há 44 anos, se contassem a Rachid Cury Filho, de 68 anos, que sua ideia iria longe e, ao longo dos anos, faria parte da história de Curitiba, ele talvez não acreditasse. O mais interessante é ver que a ideia não só vingou, como também se multiplicou e faz do empresário uma das maiores referências do Paraná quando o assunto é empreendimento que deu certo. O Kharina, rede de restaurantes que é criação de Rachid, comemora aniversário com mais um elemento que se destaca: o cardápio até mudou com o tempo, mas tem um prato que continua firme e forte, desde o começo. E que já vendeu um milhão de unidades.

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O restaurante nasceu a partir de uma ideia do empresário, num momento de frustração pela profissão que desempenhava em 1975, na época com apenas 24 anos. “Meu pai trabalhava numa borracharia e, numa das trocas de pneu de um carro, foi girar a chave de roda e sentiu dor porque bateu no pé. Naquele momento ele sentiu que não queria mais aquela vida e resolveu procurou sair da situação que vivia”, contou Rachid Cury Neto.

O filho do empresário, que tem 32 anos, disse que no dia da frustração seu pai voltou para a casa e começou a pensar o que faria para mudar de vida. “Ele pensou muito até que resolveu montar um restaurante, mas não queria algo como já conheciam aqui. Ele convenceu o meu vô a vender um terreno que ele tinha no Jardim Botânico e começou a botar em prática o que tinha sonhado”, comentou.

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Surgia então, ainda que totalmente diferente e bem modesto, o primeiro Kharina, que antes tinha nome de Tog, e que existe até hoje no mesmo endereço, no cruzamento da Avenida Prefeito Omar Sabbag com Rua Engenheiro Rebouças, no Jardim Botânico. “Ele gostava muito de filmes, então planejou um restaurante com base no que via em Hollywood, mas no estilo drive-in, servindo hambúrguer e milk-shake”.

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Lanchonete teve inspiração no estilo americano de servir lanches. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
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O terreno, e consequentemente o restaurante, era menor. Com o tempo, Rachid, que tinha um sócio, foi comprando mais espaço e o que conhecemos hoje em dia foi ganhando forma. A sociedade se desfez e o empresário precisou pensar num novo nome para seu restaurante, foi quando, a partir de uma lenda antiga, que a Tribuna até já contou, surgiu o Kharina, nome que anos depois seria de sua filha.

Mesma receita

Desde o começo, um dos pratos que se destacava no cardápio acabou surgindo numa busca do empresário por trazer novidades. “O restaurante fazia muito sucesso, mas o que meu pai sempre procurou foi inovar, então criou outros pratos, pensou em elementos que as pessoas ainda não conheciam, mas que pudesse dar certo, e criou o Clube Kharina”.

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O Clube Kharina era, na verdade, a desconstrução do que todo mundo estava acostumado a comer. “Meu pai tem descendência libanesa e percebeu que existiam outros pratos que eram feitos de forma diferente, como a esfirra aberta, e criou o lanche aberto, que é uma desconstrução de um hambúrguer”, explicou Rachid Neto.

A receita era (e continua sendo) bem simples: carne, queijo, bacon, ovo frito, salada, pão e batata frita, servidos num prato. “Sempre foi um lanche muito simples, mas saboroso e bem servido, o que talvez tenha feito com que muita gente preferisse pedir este do que os outros do cardápio. A forma de comer também é melhor, já que vem num prato e a pessoa fica mais à vontade”, comentou ele, que é o chef responsável pelo Kharina.

Milionário

Desde sempre, o prato, que continua no cardápio desde o lançamento, é o mais vendido entre os lanches clássicos do Kharina, mas a empresa se surpreendeu recentemente, quando foi fazer um balanço de suas vendas. “Nós fizemos uma conta recente e descobrimos que, neste ano, chegamos a um milhão de unidades vendidas”.

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Ao longo destes 44 anos, mais de um milhão de unidades do Club Kharina foram vendidas, o que, para a rede de restaurantes, só deixa evidente a responsabilidade. “Uma grande responsabilidade, eu diria. Saber que um milhão de consumidores experimentaram e voltaram a comer esse prato deixa a gente feliz e honrado, principalmente por poder levar essa tradição há 44 anos. Queremos levar quanto mais tempo for possível”, comentou Rachid Neto.

Segundo o chef, a tradição do Club Kharina, em Curitiba, pega sempre pela memória afetiva. “Assim como o restaurante, que foi um dos primeiros que a cidade teve, o prato se tornou tradicional porque puxa mesmo por essa memória. Nós estamos na terceira geração de familiares que frequentam o Kharina, passou do avô para o pai, que hoje vai com o filho. É legal demais ver o quanto um prato tem relação com a vida das pessoas”.

Rede quebrou as barreiras geográficas e abriu loja em São Paulo. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Recentemente, o Kharina quebrou as divisas e abriu a primeira unidade fora de Curitiba, estreando em São Paulo. E foi lá onde a família de empresários se surpreendeu. “Tínhamos a impressão de que só funcionava aqui, mas ao levar o prato para São Paulo, nos restaurantes que estamos abrindo por lá, a gente foi pego de surpresa. No estado vizinho também é campeão de vendas. Acho que o sabor, a mistura, o jeito de comer é o que pegou mesmo”.

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Rumo aos 45 anos

No ano que vem, a rede curitibana, que foi inspirada nos famosos filmes de Hollywood, completa 45 anos e muita festa está sendo programada. Segundo Rachid Neto, a marca se mantém viva até hoje por um elemento: a inovação. “Desde a criação nós fomos marcados por isso, ano após ano a gente vem inovando, mudando o cardápio, melhorando, sempre de olho no mercado e nas tendências. Isso mantém a marca viva durante tantos anos em Curitiba e o curitibano gosta do restaurante justamente por ser da cidade. Faz parte da cultura, por isso que as pessoas gostam e frequentam o restaurante. Vamos seguir”.

PROMOÇÃO ROLANDO!

O Kharina comemora as vendas de um milhão de unidades do Club Kharina, mas quem ganha com isso são os leitores da Tribuna. Conseguimos dois vales de R$ 100 para duas pessoas sortudas, que vão poder usar como quiser numa única visita ao Kharina. Para participar, marque quem você vai levar no post abaixo e curte a nossa página no Facebook. Boa sorte!

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