O judoca Gabriel Adriano, 16 anos, está reunindo esforços para custear uma viagem para Bremen, na Alemanha, onde irá representar o Brasil no Circuito Europeu de Judô como integrante da seleção de base sub-18. A família precisa juntar R$ 6 mil até domingo para pagar os gastos com passagens, hospedagem e despesas diárias. Até agora, a vaquinha online feita para conseguir o montante arrecadou R$ 1.530.
Em paralelo ao financiamento coletivo na internet, Gabriel está vendendo rifas de tratamentos estéticos, oferecidos por uma clínica apoiadora, e também conta com um apoio da prefeitura de Curitiba, através da Lei de Incentivo ao Esporte. Com rotina de treinos intensificada e dieta rigorosa, ele está confiante.
“As expectativas são boas, estou me preparando bastante. São de dois a três treinos por dia”, diz. No domingo, ele parte para Pindamonhangaba, em São Paulo, onde passará por uma adaptação ao fuso horário alemão e fará treinamentos mais específicos, junto com o restante da seleção. Quatro dias depois, parte para a Alemanha, onde enfrentará seis oponentes de diversas nacionalidades. De Curitiba, irão também as judocas Natasha Ferreira, Maria Eduarda Damieli e Ana Camargo.
Gabriel garantiu a vaga para o campeonato europeu em novembro, em Salvador, Bahia. Faixa-preta no esporte, feito raro para atletas de sua idade, ele também acumula títulos de vice-campeão pan-americano, campeão brasileiro e conquistas estaduais.
Além do “paitrocínio”, que possibilitará a viagem se o financiamento coletivo não der certo, e do apoio de familiares, o judoca conta com a parceria da Sociedade Morgenau, onde treina, de seu professor Alan Vieira, do nutricionista Lucas Gossling e do professor de jiu-jitsu Rodrigo Fajardo, o “Pimpolho”.
Atleta nato
A trajetória do rapaz no judô começou aos 4 anos de idade, conta o pai, o autônomo Ronaldo Adriano, 49. “Colocamos o Gabriel para praticar o esporte na pré-escola, mais por uma questão de desenvolvimento de coordenação motora e interação com os colegas. Mas logo o professor me chamou no canto e disse que eu poderia investir, pois no futuro ele daria bons frutos”, conta.
Aos 6 anos, o menino entrou em uma academia de judô e, a partir de então, nunca parou de treinar. “Em 2010 ele começou a praticar com mais afinco, e ganhou o primeiro título em 2011, quando venceu o campeonato brasileiro”, lembra. A habilidade para as artes marciais pode ter sido herdada do pai, que é faixa preta em jiu-jitsu e karatê e também pratica judô.
“Agora quem está demonstrando interesse é minha filha de dois anos, Nicole Adriano. Ela é muito apegada ao Gabriel e todos os dias pede para ir para o tatame com ele”, revela.
Serviço:
Para contribuir com dinheiro e ajudar o Gabriel a competir na Alemanha, acesse a vaquinha online
Para comprar as rifas de procedimentos estéticos que serão sorteadas em abril, procure Gabriel no Facebook