Isa na Tailândia

A pequena Isabela Pessaia Werner, de um ano de idade, nasceu prematura e com parada respiratória, o que ocasionou uma espécie de paralisia cerebral. A bebê é ativa, interage, se comunica com sons e até faz manha, mas tem dificuldades motoras e visuais. No mês passado, seus pais, a advogada Angéli Pessaia Pereira, 24 anos, e o publicitário Guilherme Werner, 23, descobriram um tratamento realizado apenas na Tailândia que pode reverter os problemas e fazer a diferença no desenvolvimento da filha. Mas, para poderem viajar com ela e custear os procedimentos médicos, precisam reunir R$ 200 mil até maio.

Há 20 dias, o casal iniciou a campanha Isa na Tailândia no Facebook. Além de organizarem rifas e eventos para arrecadar fundos, abriram uma conta bancária para receber doações. Apesar do empenho, ainda não conseguiram juntar 20% do valor do tratamento, quantia necessária para realizar a reserva no hospital. “Fizemos uma pré-reserva para maio, que é baixa temporada e a melhor época para conseguir vaga”, diz Angéli. Isabela não tem força no pescoço para firmar a cabeça, não senta e não enxerga objetos e cores, apenas diferencia o claro do escuro. Quanto antes os procedimentos forem feitos, maior a chance de serem eficazes.

A instituição é o Better Being Hospital, em Bangkok, capital da Tailândia. O tratamento consiste em diversas aplicações de células-tronco adultas durante 30 dias. Além das injeções, há estímulos elétricos, terapia na água e acupuntura, intervenções para que as células se dirijam para as áreas certas, no caso de Isabela, o nervo óptico e os músculos. Não existe alternativa semelhante no Brasil. “Aqui, os médicos dizem apenas para esperarmos e vermos como ela vai se desenvolver. A Isa faz fisioterapia, mas o quadro dela não condiz com uma criança de um ano de idade”, explica a mãe.

Guerreira

Foto: Felipe Rosa.
Pais precisam reunir R$ 200 mil até maio para o tratamento da pequena Isa. Foto: Felipe Rosa.

Isa veio ao mundo mais cedo do que o previsto, com apenas 31 semanas – pouco mais de sete meses de gestação. O parto teve de ser prematuro porque ela estava em sofrimento dentro da barriga da mãe. Quando nasceu, a bebê não respirava. “Ela estava toda roxinha. Meu marido acompanhava e chegou a ouvir o obstetra dizer ao pediatra que ela não resistiria”, conta Angéli. Mas Isa sobreviveu, e passou seus 40 primeiros dias de vida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), respirando com a ajuda de aparelhos.

As sequelas da parada respiratória foram uma lesão cerebral chamada Leucomalácia Periventricular Bilateral Cística. Felizmente, Isa vem se desenvolvendo bem em comparação a outros pacientes com a condição. “Médicos que a examinam dizem que o quadro dela parece não corresponder à lesão, de tão bem que ela reage. Estamos otimistas, e acreditamos que a resposta ao tratamento seria muito boa”, torce.

Como ajudar

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