Na esquina onde terminam as ruas Cezinando Dias Paredes e Maestro Carlos Frank, no Boqueirão, começa a preocupação dos moradores da região. O local, que dá acesso ao Parque Náutico, parece estar abandonado, com muito mato, bueiros sem tampa, lixo doméstico e resto de materiais de construção. A má conservação proporciona o aparecimento de ratos e até cobras. A população reclama também da falta de segurança no entorno do parque.
O aposentado Raul Ventura mora no bairro desde 1971 e afirma que já flagrou em duas oportunidades, um caminhão despejando entulho. Após anotar a placa e denunciar, não teve mais esse problema. “Normalmente é gente de fora que vem aqui jogar o lixo”.
Outro ponto citado por Raul é a falta de segurança no Parque Náutico. O aposentado afirma que o local serve de esconderijo para bandidos e usuários de drogas. “Eu mesmo caminho bem cedo no parque. É o horário mais tranquilo, que não tem quase ninguém. Algumas pessoas deixaram de vir por medo e outros só vêm acompanhados”.
Mas ao lado, uma trilha que parece ter sido uma ciclovia encontra-se completamente abandonada. No chão, quase não dá para ver o asfalto, que foi tomado pelo mato e não tem nenhuma sinalização. Pessoas circulam com cavalos pelo local, deixando o espaço ainda mais sujo pelas fezes dos animais.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que técnicos da regional do Boqueirão estiveram no local e vão realizar a limpeza da área. Por grande parte do lixo despejado ali ser domiciliar, é preciso conscientizar a população local.
A pasta também informa que o córrego que passa por ali não se trata de um esgoto e sim um canal de drenagem, em uma faixa de responsabilidade da América Latina Logística (ALL), pela proximidade com a linha férrea. De acordo com a secretaria, o canal foi limpo há cerca de 20 dias. A ciclovia paralela ao trilho do trem foi desativada há vários anos, em gestões anteriores.
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– Já viu outro parque da cidade em condições parecidas?
– Conhece algum lugar com despejo irregular de lixo e entulho?
Pedro Menck