Marcado para acontecer no dia 2 de fevereiro de 2015, o início das aulas na carente comunidade de Caçador, zona rural de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, é considerado apenas o primeiro passo para a transformação da localidade, que fica a 70 quilômetros da capital. Os idealizadores do programa, que inclui acesso à saúde e incentivos para a produção agrícola familiar, acreditam que o futuro das mais de 40 famílias depende da educação das 70 crianças que moram ali.
A decisão de criar uma escola no local foi tomada após diversas atividades entre as comunidades rurais de Itaperuçu. O critério determinante foi a frequência dos estudantes nas aulas, que iam para escola em menos da metade dos 200 dias letivos determinados por lei. Um dos principais empecilhos é a questão do transporte, já que a estrada de terra que leva à escola rural fica intransitável em dias de chuva e os estudantes, que precisam rodar pelo menos 40 quilômetros por dia, dependem de ônibus que muitas vezes não estão em boas condições.
Além de funcionar como um ponto de encontro para a comunidade, a escola também realiza atividades de reforço escolar aos sábados e oferece atendimento médico e odontológico em dois consultórios instalados no local.
Há mais de 50 anos na comunidade, a moradora Paulina Maria de Lara, 61, recebe com alegria o início do funcionamento da escola. “As crianças sofrem muito pra ir pra aula, muitas faltam e aqui é uma bênção de Deus”, comemora.
Parceria
Todo o programa conta com a participação de doadores que, de acordo com Furquim, estão convidados também a acompanhar o desenvolvimento da iniciativa. Além de doações únicas é possível apadrinhar estudantes ou participar oferecendo mão de obra voluntária. A comunidade também precisa de médicos que tenham disponibilidade em atender voluntariamente.
É possível entrar em contato com o Centro de Treinamento Monte Horebe pelo telefone 41 3603-1175 ou pelo site www.montehorebe.org.