O pequeno Lorenzo, de dois anos e quatro meses, estava brincando alegre e normal em casa, até que de repente vomitou. A mãe pensou que ele tinha se engasgado com a tosse. Mas o menino começou a ter mais vômitos, diarreia, e não teve jeito. No primeiro dia do ano, às 7h da manhã, lá estava a recepcionista Denise Oliveira, 27 anos, no pronto atendimento do Hospital Pequeno Príncipe com o garoto.
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Lorenzo estava com uma virose, que se espalhou pela vizinhança deles. Aliás, este tipo de virose é muito comum no verão e tem se disseminado muito rápido nas últimas duas semanas, entre crianças e adultos.
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Denise conta que chegou ao hospital na dúvida se o menino tinha ficado doente por causa de algum alimento estragado, ou se era uma virose. Mas quando ela relatou ao médico que outras três crianças da vizinhança também tinham os mesmos sintomas, o diagnóstico foi o de vírus. “No dia que fui ao hospital, tinham várias outras crianças na espera, com os mesmos sintomas. A médica até falou: Ih, hoje é o dia dos vômitos”, comentou Denise.
Lorenzo ficou três dias doente. No segundo dia, já não vomitava mais e o cocô era mais sólido. Mas o menino não queria comer, de tão abatido. Denise teve que insistir muito na hidratação da criança.
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A doença que Lorenzo teve é muito característica desta época de calor e que não está afetando somente as crianças. No Hospital Nossa Senhora das Graças, que tem pronto atendimento pediátrico e adulto, por exemplo, a virose está sendo percebida também entre os adultos. E os sintomas são sempre os mesmos: dor de cabeça, diarreia, vômito e febre. O HNSG detectou um aumento de aproximadamente 183% no número de atendimentos a pacientes com estas viroses, nestes primeiros dias do ano. Do dia 1º ao dia 8, foram 70 atendimentos (51 crianças e 19 adultos), ou seja, uma média de 8,75 pacientes por dia. Já em dezembro, o atendimento a este tipo de virose foi bem mais “tranquilo”: 96 pacientes o mês todo (69 crianças e 27 adultos), ou seja, uma média de 3,09 pacientes por dia.
Cuidado redobrado
O que preocupa, explica André Luís David, médico responsável pelo pronto atendimento do HNSG, é que nas crianças os sintomas geralmente são mais agudos que nos adultos, pois elas desidratam muito mais rápido. E eles podem vir ainda acompanhados de outros sintomas do sistema respiratório, como coriza, espirros, tosse, etc. Dependendo do caso, diz ele, pode até nem ser uma virose, e sim uma simples gastroenterite, como também pode haver um quadro infeccioso mais grave, causado por uma bactéria, sendo necessário o uso de antibióticos.
Por quê no verão?
Para o médico, as viroses se espalham mais facilmente nesta época porque as pessoas deixam de lado certos cuidados que tomam mais frequentemente no inverno, como usar álcool gel ou lavar as mãos mais vezes, depois de espirrar ou apertar a mão de outras pessoas, andar de ônibus, etc. Na praia, inclusive, estes cuidados também devem ser observados, pois todo local com aglomeração de pessoas, mesmo que ao ar livre, viabiliza a disseminação de vírus e bactérias.
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É preciso observar melhor os locais onde serão feitas as refeições ou as comidas que são compradas à beira mar. Com o calor, os alimentos estragam mais facilmente, podem estar mal acondicionados, expostos ao sol, mal higienizados ou até vencidos, e como são comprados já manipulados, do vendedor de praia, não há como saber se foram bem conservados e limpos.
Na beira da praia, principalmente, as pessoas às vezes nem têm como lavar as mãos antes de consumir um alimento. Por isto, o médico recomenda levar junto um pequeno vidro de álcool em gel na bolsa de praia. E sempre que possível, lavar as mãos com água limpa. Também é preciso observar a higiene dos alimentos consumidos e manter-se bem hidratado.
Além dos cuidados com a higiene das mãos e dos alimentos, uso de medicação e repouso para curar a virose, não se pode descuidar da hidratação com água e sucos, além da reposição de sais minerais através da água de coco, bebidas eletrolíticas (Gatorade, Powerade, Marathon, etc.) e soro caseiro (um litro de água, com uma colher de sopa de açúcar e uma pitada de sal). E toda vez que a pessoa for ao banheiro, com diarreia, tomar um copo de água ou do soro, para repor líquidos do corpo.
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Tem que ir ao hospital?
O médico mostra que nem todos os casos precisam de atendimento médico. É preciso observar a intensidade dos sintomas. Mas no caso de diarreia, principalmente as com sangue, muco ou pus, além de febre e sinais de desidratação (tontura, fadiga, língua seca), é preciso procurar o médico.
A mesma orientação vale para pessoas que não conseguem nem parar água no estômago, pois já vomitam. É preciso ir a um hospital para tomar soro e remédios pela veia.
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