Projeto de Colombo conta com doações pra fazer o Natal de crianças e famílias da região
Natal é sinônimo de união, de aproximação das pessoas, e quando isso acontece podemos dizer que o verdadeiro sentido da época se realizou. Em Colombo, o projeto Amigos do Cristina 2, que começou tímido, cresceu e se tornou hoje um dos motivos da maior união entre os moradores do Jardim Cristina, no bairro Guaraituba.
Há 11 anos, aproximadamente mil crianças aproveitam um dia com muita brincadeira e ainda saem com sorriso no rosto. Mas o projeto precisa de ajuda, pois se sustenta com doações e neste ano as coisas não foram tão boas.
O projeto surgiu em 2008, com três amigos. “Eles se juntaram depois de ver a necessidade de muitas crianças, que não tinham nada para comemorar. Começou com uma carreata com três ou quatro carros, que distribuíam balas, brinquedos, o que conseguiram arrecadar e do próprio bolso”, contou a consultora comercial Gislaine Aparecida da Silva, 31 anos. Ao longo dos anos, o projeto foi crescendo, mais pessoas simpatizaram com a causa e hoje em dia ficou grande. “Há alguns anos nós fechamos a rua. Alugamos cama elástica, piscina de bolinhas, distribuímos comida para toda a população e no fim da tarde vem o Papai Noel com os brinquedos”.
A ação solidária mobiliza mais de dez pessoas diretamente e muitas outras indiretamente. “No dia nós geralmente reunimos mais alguns voluntários, pois precisamos de mais gente para ajudar a cuidar dos brinquedos. A própria comunidade ajuda no projeto que é da comunidade”, explicou Fabiane de Fátima Silva, 34 anos, que é autônoma. A forma que o grupo encontrou para manter vivo o projeto, além das doações, foi através de almoços e torneios de futebol.
“Tudo que conseguimos em dinheiro vem com torneiro, almoço e rifas. Como não temos nenhuma ligação nem com igrejas, alugamos um salão e fazemos o almoço lá, aí o valor arrecadado é guardado”, detalhou Fabiane, destacando que, além de ajudar em Colombo, o grupo também distribui brinquedos em Almirante Tamandaré, Cercadinho e Tijucas do Sul.
Nem tudo é fácil
Todos os anos, a Rua Siqueira Campos, em Colombo, é fechada para uma grande festa. “Nosso trabalho já virou uma tradição do bairro. Às vezes a gente até desanima e pensa em parar, mas as próprias pessoas nos incentivam, nos motivam, a continuar”, disse Gislaine, comentando ainda que não são só as crianças que participam da festa. “A família inteira vem e isso é o mais legal, porque conseguimos trazer um pouco de alegria a todos”.
Mesmo contando com o apoio de muita gente da região, entre comerciantes e moradores, o grupo sempre tem que lidar com as dificuldades. E 2019 foi um dos anos mais difíceis para o grupo, que conseguiu juntar uma quantidade boa de brinquedos, mas falta o que mais as famílias esperam no dia: a comida. “Chegamos a pensar em parar, porque neste ano estamos ainda lutando para arrecadar os alimentos, doces, refrigerantes, enfim, as comidas que vamos oferecer no dia da festa. Mas tem algo maior que nos faz continuar”, comentou Fabiane.
O que os motiva?
Para o grupo, o que faz com que as dificuldades sejam vistas apenas como um degrau a subir é o sorriso no rosto da criançada. “Já teve criança que pediu só um chinelo de presente. E isso é o que mais mexe com a gente, porque não é só criança do bairro que vem, vem gente de outras regiões de Colombo também.
E todos os adultos participam juntos. Para a gente, é um presente maior do que para eles, compensa todo o esforço e dor de cabeça”, avaliou Marli de Souza Cordeiro, 54 anos, que também é autônoma.
Bora ajudar?
A festa deste ano está marcada para o dia 8 de dezembro, na Rua Siqueira Campos. Como o grupo adiantou, a comida é servida ao longo de toda a duração da festa. Quem quiser ajudar com doações, seja de alimentos de modo geral, doces, balas, pirulitos e refrigerante, pode participar. As doações podem ser feitas diretamente no endereço de Fabiane, que fica na Rua Roseli Pansolin Alberti, 397, no Guaraituba, em Colombo, ou pelo telefone (41) 99801- 2486.