Curitiba

Embalo perigoso

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Quem mora na região do Bigorrilho está preocupado com a situação do trecho da Rua Gastão Câmara entre as alamedas Julia da Costa e Princesa Izabel. Segundo moradores e comerciantes do local, este ponto tem disso palco de pequenos acidentes de trânsito ocasionados pela falta de um redutor de velocidade. “Todas as semanas ocorre uma batida forte ou uma pequena colisão”, reclama o corretor de imóveis Alexandre Moreira, que trabalha na localidade.

rua_internaSegundo Alexandre, os acidentes ocorrem porque este trecho da Rua Gastão Câmara está localizado num ponto muito íngreme do bairro. “É uma descida muito grande e o motorista vem no embalo para aproveitar o semáforo aberto ou no amarelo. É aí que ocorrem as colisões. Por falta de prudência dos motoristas e também por falta de um dispositivo que acabe com a festa dos apressadinhos”, ressalta.

O corretor disse à reportagem que o necessário neste ponto para acabar com os acidentes é a instalação de uma lombada ou uma travessia elevada. “Muitos pedestres sofrem para atravessar esse ponto. Mesmo com a faixa e o semáforo, os motoristas abusados avançam e dificultam a vida de quem anda pela rua. Por isso que eu digo: tem que ser uma lombada alta. Nada de lombada eletrônica ou radar”, afirma.

O empresário José Carlos Queiroz, que costuma passar pelo local diariamente para ir trabalhar, ressalta que a descida da Alameda Julia da Costa, que cruza a Rua Gastão Câmara, também ajuda a ocasionar acidentes. “São duas descidas muito íngremes que se encontram em um cruzamento. E como não tem nenhum redutor de velocidade ou radar que intimide os furões de semáforo, o pior acontece”, explica.

Queiroz também ressalta que a situação também atrapalha a vida dos pedestres que transitam pela região. “É perigoso, porque tem idosos na região que as vezes não calculam certo a velocidade do carro na descida. Já vi muito velhinho tendo que acelerar o passo. O que é errado”, aponta.

rua_capaUma aposentada, que preferiu não revelar identidade, afirma que os motoristas também abusam da velocidade em outro lugar da região. “Eles aproveitam o embalo da descida da Alameda Júlia da Costa para entrar na Rua Jerônimo Durski e se perdem, acabam freando em cima de pedestres, que são obrigados a correr para atravessar. Estamos pensando em até fazer um abaixo-assinado”, conta.

Reforço

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) informa que “a legislação do Contran não permite a colocação de redutores de velocidade em vias com declives acentuados, o que é o caso na região”. A Setran avalia ainda que a região não tem um grande fluxo de veículos, o que não justifica a colocação de equipamentos eletrônicos de fiscalização de velocidade.

“A Setran deverá reforçar a sinalização no local (placas de velocidade, sinalização de cruzamento perigoso), mas alerta que os motoristas também devem sempre respeitar a sinalização e os limites de velocidade, o que ajuda a evitar os acidentes de trânsito – ciclistas e pedestres também devem se ater à sinalização da cidade”, diz nota enviada à Tribuna.

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– Você já viu algum acidente no cruzamento da Gastão Câmara com a Julia da Costa?
– Concorda com a avaliação da Setran de que não é necessário um radar no local?
– Conhece outro cruzamento com alta incidência de acidentes?

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