Uma viagem continental que acabou em Copa do Mundo. É assim que podemos definir a expedição de um casal europeu que percorreu as Américas Central e Latina em busca de aventura. O francês Gueye Dramé e a belga Emilie Hubin viajam há quase três anos por terras sul-americanas e deram a sorte de chegar ao Brasil em meio ao maior evento esportivo do planeta. “Não foi planejado, mas demos sorte e queremos aproveitar”, explica Drame.

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O casal se conheceu em Paris há pouco mais de 4 anos. Ele, nascido e criado na capital francesa, e ela belga da cidade de Aveness. Durante uma conversa informal tiveram a ideia de fazer uma viagem longa de bicicleta pelas Américas, aventura que é muito comum entre os europeus. Após alguns meses planejando, conseguiram uma bicicleta para duas pessoas e caíram na estrada.

A primeira parada foi na Costa Rica. De lá passaram pelo Panamá e seguiram em direção ao sul passando por Equador, Colômbia, Peru, Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. “Fizemos a volta pelo extremo sul da América. Quando estávamos no Uruguai, passamos pelo Brasil no sentido Argentina e depois seguimos pelo o oeste até Cascavel, acabando em Curitiba”, conta Dramé.

Viajaram mais de 12 mil quilômetros e para se manter venderam peças de artesanato pelos países que passaram. “Tivemos alguns apertos com pessoas mal intencionadas, mas no geral o povo da América do Sul é muito gentil e receptivo. A viagem está sendo um sonho para nós”, diz Emilie.

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Amigos de viagem

O casal europeu chegou à capital paranaense após dois encontros inusitados com Augusto Kowalski Filho e Márcia Kowalski, de São José dos Pinhais. Primeiro se conheceram na fronteira do Chile com a Argentina. Tempos depois se encontram no Uruguai sem nada combinado. “Tínhamos trocados e-mails, mas acabamos nos esbarrando no Uruguai. Daí foi uma festa e acertamos a permanência deles em nossa casa”, conta Márcia.

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Clima de Copa

Emilie e Dramé consideram um golpe de sorte estar em terras brasileiras durante a Copa do Mundo. O primeiro planejamento da viagem apontava para uma expedição de dois anos, mas será terminada em três. “Fomos gostando e ficamos um ano a mais e demos muita sorte de estar no Brasil na Copa. Não conseguimos ingressos, mas queremos aproveitar cada minuto desse clima de copa”, diz Dramé.

Sobre suas respectivas seleções, há um misto de empolgação e receio. “Sem Ribéry fica mais difícil conquistarmos o título, mas vamos torcer pela França fazer um bom mundial. Mas também vou torcer pelo Brasil”, brinca Dramé. “Nesta Copa todos estão dizendo que a Bélgica está com um time muito bom. Vou torcer muito pelo meu país”, conclui Emilie.

 

 

Comente aqui.

– Você conhece algum estrangeiro que esteja acompanhando a Copa no Brasil?

– Já fez alguma viagem longa de bicicleta?

– Onde os gringos devem ir pra aproveitar sua estadia em Curitiba?