O Terminal do Pinheirinho foi o primeiro endereço do paraciclo, estrutura para abrigar bicicletas lançada no dia 15 de março pela prefeitura de Curitiba. A novidade visa estimular a integração entre os meios de transporte, mas apesar de conquistar a aprovação dos ciclistas e usuários do transporte coletivo, o espaço gera desconfiança sobre a segurança. A repercussão da novidade foi mostrada em reportagem da última Tribuna Regional Pinheirinho.
O motorista Rodrigo de Castro, 38 anos, considera que o paraciclo seria a solução ideal para ele, que caminha de 15 minutos até o terminal diariamente. “Eu sou ciclista no meu tempo livre e adoraria economizar tempo do trajeto a pé com a minha bicicleta, mas não consigo confiar em deixá-la o dia todo nesse espaço. Tenho medo de voltar do trabalho e encontrar só o cadeado e para mim o valor dela é muito alto para perder assim”, admite.
No caso do paraciclo do Pinheirinho, o espaço onde estão as vagas de bicicleta fica para o lado da Avenida Winston Churchill com a Rua José Rodrigues Pinheiro. “Esse trecho concentra muito malandro e as bicicletas ficam para o lado de fora das catracas, mas quem sabe um dia, se ninguém reclamar do sumiço de bicicletas, eu também passe a vir com a minha”, avalia Rodrigo.
Morador de Mandirituba, o açougueiro Jean Luís Heinzen, 34 anos, também não considera seguro deixar bicicleta no paraciclo. “Eu moro muito longe para vir pedalando, mas se fosse mais perto também não usaria porque não dá para facilitar para o bandido e acho que o pessoal da Guarda Municipal não dá conta de estar o tempo todo dando um apoio aqui”, aponta.
Monitoramento
Segundo a Urbanização Curitiba S/A (Urbs), embora a garantia de segurança pública não faça parte das atribuições do órgão, os terminais de ônibus contam com sistemas de câmeras de monitoramento e vigilantes que auxiliam na segurança dos passageiros, das bicicletas, e de todo o local.
Até o final de julho, a prefeitura prevê que todos os terminais de ônibus devem ter o equipamento instalado, ou o número ampliado, já que alguns, como o Terminal do Hauer, já contam com vagas para bicicletas.
De acordo com a Urbs, a implantação dos paraciclos não gerou custos, por se tratar de uma parceria com a empresa responsável pela manutenção dos terminais. Essa integração entre bicicleta e ônibus contará com uma segunda etapa em que serão implantados bicicletários nos terminais, com um mínimo de 50 vagas em cada um.
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