Se você é daqueles que prefere evitar a fadiga ou já assumiu que atividade física não é sua praia, a Tribuna vem para dar um incentivo. Voltado a públicos de todas as idades e condições físicas, além de democrático e completo, o Crossfit, esporte inspirado nos treinamentos militares americanos, ultrapassou o status de modinha. A modalidade atrai públicos de diferentes idades e capacidades físicas e, entre os que já se arriscaram a dar chance ao esporte, uma promessa é garantida: não tem marasmo. E aí? Bora tentar?
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Pula, deita, agacha, sobe na corda. O limite quem dá é seu corpo. Queridinho das celebridades, o programa de treinamento mistura movimentos de força e resistência inspirados em outras modalidades como a ginástica, levantamento de peso e atletismo. Para quem pratica regularmente, além da melhora significativa dos sistemas cardiopulmonar e muscular, um “plus” torna tudo ainda mais interessante: corpo durinho e definido. Realidade que, há dois anos, estava ainda muito distante da autônoma Daniela Muniz, de 32 anos. Sedentária, a empresária do ramo da gastronomia era daquelas que só de ouvir falar em academia já fugia.
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Cansada do ambiente fitness, que – segundo ela mesma diz – só tem “exercícios entediantes e cansativos”, a autônoma sempre preferiu as caminhadas ao ar livre. Em Curitiba, porém, com frio e chuva quase o ano inteiro, não tinha muito incentivo. Estimulada pelo médico após um alerta sobre sua taxa de colesterol, Daniela resolveu mudar. “Me obriguei a buscar algum esporte e, por sorte, caí no Crossfit depois que uma amiga me indicou”, conta. Desde que começou a praticar, com a ajuda de um professor, Daniela observou melhora não só na saúde, mas também frente ao espelho. “Fiz as pazes comigo. Gosto de dizer que “me casei” com o esporte e não pretendo nunca mais abandonar”, afirma.
‘Bichinho picou’, viciou!
Erika Cristiane Condoluci é empresária do segmento. Proprietária de uma Box (nome dado aos centros de treinamento especializados), na região do Rebouças, em Curitiba, ela conta que de tão diversificado, o Crossfit atrai adeptos de diversas idades e gostos. “Não é raro que as pessoas comecem e depois de dois meses acabem viciando. Isso acontece porque o Crossfit trabalha com a superação de desafios e cada um vai até o seu limite”, revela.
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No mercado há 3 anos, a empresária já teve chance de observar a evolução de diversos alunos, entre os quais, vários a surpreenderam. “Tenho alunos de trinta e cinco, quarenta anos, que hoje conseguem levantar mais peso do que conseguiam aos 20. Tem gente que não dava conta de subir um lance de escadas sem cansar e hoje faz diversas séries pulando caixote”, conta a empresária, que o fator “competição” deixa a prática ainda mais atraente. “É muito mais sobre desafiar e vencer a si próprio, superando aquilo que você mesmo não imaginava conseguir fazer”, explica Erika.
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Como em toda a atividade física de intensidade, o acompanhamento profissional qualificado deve ser observado devido ao forte impacto que alguns movimentos específicos podem exercer sobre membros como ombros, joelhos e coluna. Por esse motivo é preciso estar atento aos centros de treinamento que se dizem credenciados à marca, porém são apenas “tipo Crossfit”. A Tribuna falou sobre o tema ano passado e mostrou que 75% dos praticantes de atividades deste tipo sofreram com lesões ocasionadas pela atividade desassistida. Crossfit é uma marca registrada, um tipo específico de treinamento e quem o oferece precisa obedecer a uma série de requisitos. “É como se fosse um selo de qualidade que garante que, naquele local, o aluno encontrará profissionais capacitados e responsáveis – credenciados pela marca – e atentos às particularidades de cada um”, pondera Erika.
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Com o acompanhamento profissional correto, porém, a prática esportiva só tem a contribuir. “Tem gente que tem medo de se machucar mas, o que muita gente não sabe é que, com a assistência adequada e – quando praticado com regularidade – o Crossfit pode vir a auxiliar na cura de lesões e não o contrário”, ressalta.
Crossfit para a vida
Foi mais ou menos por esse motivo que a personal trainer, Stella Regina Corrêa, 36, hoje, faz o que faz. Praticante de corrida de longa distância há, pelo menos 5 anos, Stella jamais imaginou a guinada que sua vida daria após um acidente sofrido por ela há pouco mais de 3 anos.
“Eu trabalhava com administração e corria por hobbie. Comecei a fazer Crossfit para ajudar no fortalecimento e ganhar mais resistência quando, mais ou menos na mesma época, fui atropelada de carro por dois bandidos em fuga. Sofri um esmagamento de panturrilha e tive duas lesões no tornozelo. Com recomendação do fisioterapeuta que me acompanhou e instrução profissional, consegui adaptar os movimentos do Crossfit à minha condição e melhorei rápido”, revela.
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À mesma medida da rápida recuperação, a paixão pelo esporte cresceu e, hoje, Stella considera o Crossfit sua atividade principal, além da técnica principal que aplica em seus próprios alunos durante as aulas. Com nomes escolhidos em homenagem a heróis de guerra americanos, como Murph, Cindy, Eva e Barbara, o Crossfit foi feito para o João, o Paulo, a Ana e a Maria. Gente como a gente que, para alcançar um estilo de vida mais saudável só precisa de um empurrãozinho ou, nesse caso, um caixote e alguns metros de corda.
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