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Você sabe como funcionam os sorteios das Loterias da Caixa? Como funcionam os globos, as bolinhas, a ‘coreografia‘ das meninas da sorte, a locução, etc.? E sabia que o caminhão que faz estes sorteios ao vivo está em Curitiba, estacionado na Praça Rui Barbosa até este sábado (1º), e que você pode conhecê-lo e inclusive subir ao palco e ser um auditor do sorteio? Qualquer pessoa pode fazer isto. Mas para quem não conseguirá ir na praça acompanhar as loterias ao vivo, a Tribuna foi lá descobrir como funciona o caminhão, todos os bastidores e curiosidades.

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Quem mostrou como tudo funciona foi a gerente regional de canais e atendimento da Caixa, Maria Célia Rossato. Ela conta que, a cada semana, um município diferente recebe o caminhão, que viaja o Brasil todo. Os lotéricos locais solicitam o caminhão e a cidade é colocada na programação, conforme a rota e a data. Na verdade, são dois caminhões, pois enquanto um está parado em uma cidade, o outro está em viagem, seguindo para o próximo destino. O Caminhão da Sorte existe desde 1980 e já está em sua terceira geração. Estes dois últimos foram inaugurados em 2010, com globos totalmente automatizados e idealizados para que tenham sempre a participação da comunidade local nos sorteios.

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Depois de estacionado, o caminhão abre as duas laterais: uma vira o palco e a outra se transforma em copa, lounge e escritório. O lounge é usado como ‘camarim‘ das garotas da sorte ou local de recepções e coquetéis para convidados. Já no escritório ficam todos os equipamentos de comunicação com Brasília, visto que os sorteios são acompanhados (por câmeras, internet, telefones e fax) e autorizados pelo escritório da Caixa em Brasília. Lá também ficam os documentos e atas dos sorteios, manuseados pelos funcionários da Caixa da cidade onde o caminhão está.

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Apostas

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Para quem fica empolgado vendo toda a estrutura, também pode fazer uma ‘fézinha‘ no próprio caminhão, que abriga uma casa lotérica. Em cada cidade, um empresário lotérico local é convidado a usar o espaço para vender os jogos. A lotérica fica aberta até às 19h de segunda a sexta. “Os clientes ficam mais empolgados comprando aqui, porque já compram e vão ver o sorteio ao vivo. Acabam comprando mais jogos que o normal e geralmente compram mais os jogos do dia”, conta Marcele dos Santos Silva, 22 anos, uma das funcionárias da Loterias Muricy que está trabalhando, pela primeira vez, no Caminhão da Sorte.

Esta é a terceira vez que Auxílio Suguimoto, dono da Loterias Muricy, é convidado para trabalhar no caminhão. “A gente está aqui para trazer bastante alegria em forma de prêmios. E aconteceu no Mato Grosso de um apostador fazer o jogo no caminhão e ganhar R$ 33 milhões na Mega Sena na frente do caminhão, assistindo o sorteio. Isso dá uma satisfação muito grande para a gente, poder contribuir com a alegria dos apostadores. Todo mundo tem um sonho. Mas é melhor ainda realizar um sonho ganhando o prêmio aqui no caminhão”, analisa o empresário.

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Hora milionária

Os prêmios da loteria invadem o imaginário popular de sonhos e dúvidas. Enquanto uns planejam o que vão fazer se ficarem ricos, outros, mais céticos, nem jogam por acreditar que “isso aí é tudo jogo armado”, “as bolinhas são previamente marcadas”, etc. Será que é mesmo?
Marica Célia Rossato, gerente regional de canais e atendimento da Caixa, explicou que as famosas bolinhas são trimestralmente trocadas e verificadas pelo Inmetro. São feitas de borracha maciça (e não de madeira ou metal, como a maioria acredita), com os números feitos de forma que não se desgastem com o uso, além de possuírem todas o mesmo peso, exatos 26,5 gramas. Cada loteria (Mega Sena, Lotofácil, Loteria Federal, etc.) tem o seu próprio jogo de bolinhas. Cada jogo fica dentro de uma maleta lacrada, dentro de um cofre do Caminhão da Sorte. As bolinhas são as mesmas usadas em todos os jogos do trimestre.

Ao final do trimestre, as bolinhas são descartadas e novos jogos as substituem por completo. Apenas um jogo “velho” de bolinhas é mantido para testes e ensaios da equipe de sorteio. Todos os dias, algumas horas antes dos sorteios oficiais, são feitos ensaios gerais com toda a equipe envolvida. E da mesma forma que os sorteios, o público também pode assistir os ensaios.

Auditores populares

Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Nos minutos que antecedem os sorteios, os funcionários da Caixa convidam duas pessoas para serem auditores populares. Tem que ser maior de 18 anos, portando algum documento de identificação, e não pode ser funcionário da Caixa. Estas duas pessoas sobem ao palco e são identificadas na ata dos sorteios. Depois, elas são convidadas a acompanhar e verificar todo o processo.

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Vigiados

No momento dos sorteios, ninguém ‘estranho‘ pode ficar em nenhum ambiente do Caminhão da Sorte, somente os funcionários da Caixa autorizados, as garotas da sorte e os auditores populares. O caminhão é cheio de câmeras, que gravam áudio e vídeo 24 horas por dia e são acompanhados por uma equipe da Caixa em Brasília, inclusive nos momentos dos sorteios, quando há até auditores do Tribunal de Contas acompanhando. Cada passo tem que ser autorizado pela equipe de Brasília.

Na presença dos auditores, o cofre é aberto e são retiradas as maletas das loterias do dia. Cada maleta tem um número de lacre e os auditores populares têm que verificar se o número do lacre é o mesmo que consta na ata dos sorteios. Os funcionários da Caixa colocam as bolinhas dentro dos globos.

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Quando tudo está no lugar, a Caixa em Brasília autoriza o início do sorteio. Então a funcionária da Caixa que fica na máquina de controle aperta um botão, as bolinhas caem no globo e o equipamento começa a girar. Uma garota da sorte desce do caminhão, vai até o público com um ‘botão‘ na mão, para convidar as pessoas para apertá-lo. O botão paralisa a urna e faz cair a bolinha com um número. Qualquer pessoa do público pode apertar o botão, não precisa nem se identificar. Só não pode ser funcionário da Caixa.

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