Casal de pipoqueiros doa metade das vendas para o Hospital Pequeno Príncipe

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná

O aniversário de 100 anos do Hospital Pequeno Príncipe é comemorado neste sábado (26), mas a movimentação das pessoas para as doações celebrando a data tem sido intensa desde o início do mês de outubro. Mais de 100 estabelecimentos estão destinando ao hospital parte da renda obtida durante o trabalho mensal. Os donos de um carrinho de pipoca de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), são exemplo de quem entrou na corrida pela solidariedade. Eles decidiram que 50% do dinheiro das vendas consolidadas no carrinho até o dia 30 de outubro será doado. Rosilda Prado Alves, 48 anos e Vilmar Leonel Babio, 38 anos, verão os recursos doados sendo destinados aos trabalhos de assistência e pesquisa da instituição.

A decisão por realizar a ação com as pipocas surgiu para parabenizar o hospital. “Temos um vínculo com algumas mães que fazem tratamento no hospital. A gente participa de um grupo de mães pelo WhatsApp, onde elas fazem muita troca de necessidades. São mães de Piraquara, Curitiba e algumas outras cidades. O movimento delas nos deu vontade de ajudar o hospital”, disse a Rosilda Prado, enquanto trabalhava a todo o vapor no carrinho de pipoca.

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“Tem de R$ 10, de R$ 8 e de R$ 5. Estou anotando as vendas desde o dia 10 de outubro. Metade das vendas deste mês vai para o Pequeno Príncipe, metade vai para reinvestir em outras ações desse tipo”, disse a pipoqueira. A média de vendas tem sido cerca de R$ 80 por dia. “Nem sempre, todo mundo quer pipoca. Mas se a pessoa quiser fazer uma doação espontânea também pode. Eu anoto no caderno”, explica.

As doações recebidas são anotadas por Rosilda em um caderno. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná

O carrinho tem o adesivo do Pequeno Príncipe colado no vidro. Todos os dias, das 14h30 às 21h30, ele fica parado dentro do pátio do estacionamento de um supermercado de Piraquara, na Avenida Getúlio Vargas, altura do número 945.

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A assessoria do hospital confirmou a participação do casal na ação e reforçou que, durante todo o sábado, nas celebrações do aniversário, mais de 100 estabelecimentos – dos mais variados tipos – destinarão parte da renda obtida aos trabalhos de assistência e pesquisa da instituição. É possível conhecer os participantes pelo hotsite da campanha. Segundo a assessoria, o carrinho de pipoca tem um contrato separado para as doações, já que a inciativa partiu dos donos, que desejavam participar da celebração dos 100 anos.

Além das doações dos estabelecimentos no sábado, voluntários do + Vida estão em esquinas da cidade com maior circulação de motoristas e pedestres neste sábado, arrecadando recursos, divulgando os trabalhos da instituição e a importância do apoio à causa da saúde infantojuvenil.

Adesivo do hospital identifica o carrinho de pipoca do casal. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná

Sempre ajudando

Vilmar Babio, marido da Rosilda, trabalha como vigilante há dez anos. Além dessa ação do carrinho de pipoca, ele já costuma realizar outros projetos que possam ajudar as pessoas. “Ele sempre está envolvido com isso. Costumava participar de corridas em prol de alguma causa. Já ganhou cama hospitalar, cadeira de rodas motorizada para ajudar as crianças e até doações de fraldas. Mas ele se machucou e parou com a corrida”, conta a esposa.

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Na família são três filhos. Um de 28 anos, uma moça de 19 anos e um filho de 5 anos. A Rosilda diz que a filha costuma ajudar. “Quando pode, ela está comigo ajudando no serviço. O mais novo vai no embalo e o mais velho já não mora mais conosco. Foi para Colombo [RMC]”, contou.

O carrinho de pipoca está com eles há cerca de três meses. O primeiro ponto foi em um shopping de Curitiba, nas proximidades da rodoferroviária. “Ficamos um mês. Depois, conseguimos autorização do mercado para trabalhar com o carrinho no pátio. Tem sido bom”, explica a mulher. Enquanto ela toma conta do negócio, Vilmar faz escala de 12/36 horas na rodoviária de Piraquara. “Ele sai do trabalho, passa em casa para trocar de roupa e vem me buscar”, revela.

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O casal decidiu participar das celebrações dos 100 anos do Hospital Pequeno Príncipe sem esperar nada em troca. “Somente pela gratidão que temos pelo trabalho deles com as crianças e com todas as mães”, finalizou a pipoqueira.

Rosilda e o marido vendem pipoca no estacionamento de um supermercado, em Piraquara. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná

Sobre o Pequeno Príncipe

Ao longo de um século, a excelência técnico-científica do Pequeno Príncipe transformou a vida de milhares de pacientes. Com mais de 305 mil atendimentos ambulatoriais e 21 mil cirurgias anuais, incluindo procedimentos de alta e média complexidade, como transplantes de órgãos e medula óssea, o Hospital oferece 32 especialidades médicas, que contam com equipes multiprofissionais especializadas.

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Cerca de 70% da sua capacidade de atendimento é destinada para o Sistema Único de Saúde (SUS). O que faz com que receba crianças e adolescentes de diferentes estados brasileiros. Com 370 leitos, sendo 68 em UTIs, o Hospital conta com uma estrutura única que alia tecnologia e humanização.

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