“Se alguém achar algum pedaço de asfalto no meio dessa buraqueira, me diga por que vou querer passar por lá”. O pedido da balconista Francieli Bialle, 23, não é exagerado. Ela, que mora e trabalha na Rua José Luís Raussis, em Colombo, faz coro às reclamações de quem precisa passar pelo local – e que às vezes nem consegue percorrer alguns trechos de tão precária que é a situação.

continua após a publicidade

Os Caçadores de Notícias verificaram de perto o problema. Sem nenhuma exceção, todas as ruas da Vila Maria do Rosário, no bairro Palmital, estão esburacadas e sofrem com a falta de pavimentação. Em alguns trechos resta pouco do asfalto “casca de ovo”, enquanto que em outros o barro toma conta nos dias de chuva (quando o número de buracos também aumenta) e o pó se espalha quando faz sol.

Vizinho de Francieli, o soldador Joel Rodrigues, 35, mora há 14 anos na região e conta que acompanhou poucas melhorias no local. O que ele observa bastante são as situações de risco para motoristas e pedestres. “Tem carro que desvia do buraco e quase bate nas pessoas, gente que cai de bicicleta e de moto”, diz.
Também é comum motoristas que têm seus veículos danificados, seja nos amortecedores, para-choques e escapamentos. “Nenhuma rua aqui presta. A gente tem o paver (calçamento) pra colocar na frente da oficina, mas vai colocar de que jeito?”, reclama o também soldador Mario Fernandes.

A leitora Elaine foi quem alertou sobre a situação pelo Whatsapp da Tribuna (41 9683-9504) e ainda apontou a Rua Vitório Canestraro como a mais crítica. No local, dois trechos exigem bastante habilidade dos motoristas e fôlego dos pedestres, que se veem obrigados a dividir espaço com os carros para desviar dos buracos. Até mães com carrinhos de bebê se arriscam no local.

continua após a publicidade

Nem mesmo as ruas por onde passa a linha de ônibus que atende a vila estão em boas condições. Dentro de casa, a doméstica Maria Rozieli, 27, precisa conviver com a rinite alérgica de sua filha e do portão pra fora enfrenta a rua em péssimas condições. “Moro do lado do último ponto do ônibus, que passa o tempo todo e ninguém faz nada”, lamenta.

Dois anos

continua após a publicidade

A prefeitura de Colombo reconhece a situação precária nas ruas da Vila Maria do Rosário e apontou que a solução deve acontecer nos próximos dois anos. Em nota, o município explicou que a aplicação da emulsão asfáltica, que não é considerado asfalto, aconteceu há quatro anos, mas “logo começou a deteriorar”. “A prefeitura sabe do problema e para isso já planejou um cronograma de retirada do que sobrou desse material, que não pode ser recuperado por ser um asfalto de baixa qualidade e baixo custo. Este programa de recuperação dessas ruas será executado nos próximos dois anos”, informou.