O trânsito da Rua Antônio Dalmarco, no Fazendinha, continua tirando o sono dos moradores da região. Em fevereiro deste ano, os Caçadores de Notícias estiveram no local e registram a indignação da vizinhança com a falta de sinalização e a alta velocidade atingida pelos veículos ao longo da via. Segundo os vizinhos, várias reclamações e solicitações para implantação de faixa de estacionamento, lombada, área de embarque e desembarque para as crianças e uma rotatória na esquina com a Rua General Potiguara foram registradas na prefeitura.
À época, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) informou que iria avaliar os pedidos, mas, de acordo com quem mora na região, nada aconteceu desde então. “As condições da Rua Antônio Dalmarco continuam praticamente as mesmas. A prefeitura só sinalizou o trecho onde ela se encontra com outras quatro ruas. Mas esqueceram do trecho onde há dois grandes condomínios, comércio e um fluxo intenso de carros, onde não há nenhuma sinalização. Nenhuma placa com limite de velocidades”, reclama Gilberto Croseta, morador da região.
Luiz Henrique Sobral da Silva é porteiro em um dos condomínios da Rua Antônio Dalmarco há quatro anos. Durante esse período, ele conta que já viu pelo menos oito acidentes causados pela falta de sinalização na via. “A rua é muito estreita e tem estacionamento dos dois lados. Não existe nenhum tipo de redutor de velocidade. Com isso, os acidentes acontecem mesmo”, explica.
Segundo Luiz Henrique, o fato de ser permitido estacionar nos dois lados da via atrapalha as saída de garagem dos condomínios da Rua Antônio Dalmarco. “As vagas são próximas das saídas e não têm visão. Por isso acontecem muitos acidentes. Além de estreitar a via, não oferecem segurança. Tinha que ter estacionamento apenas de um lado da via”, opina.
Reclamações
Gilberto Croseta ressalta que várias reclamações e solicitações de reforço da sinalização de trânsito já foram feitas junto à prefeitura de Curitiba. “Eu e mais outros moradores cansamos de protocolar as reclamações, pedir redutor de velocidade, a retirada de estacionamento de um lado da via, mas até agora nada foi resolvido ou feito”, lamenta.
“Essa é uma bronca antiga aqui dos moradores, mas nunca fizeram nada de efetivo. O que queremos é a retirada do estacionamento de um dos lados da via, redutores de velocidade e melhor sinalização. Se não, alguém vai acabar morrendo aqui”, alerta Luiz Henrique.
Setran promete fiscalizar
Questionada pela reportagem, a Setran enviou uma nota à Tribuna. Confira na íntegra:
“A Setran informa que em 25/02/2014 foi implantada, na bifurcação da Rua Antonio Dalmarco com a rua Jandira Ferreira dos Santos, uma ilha central para organizar os diversos fluxos veiculares. Na ocasião, foi implantada sinalização viária como placas regulamentadoras PARE, legenda PARE, retenções, aproximações, placas de velocidade máxima em 40 km/h, entre outras.
Com a implantação dessas sinalizações, ficou bem definida a preferencialidade do fluxo veicular que é da Rua Antonio Dalmarco. Na sequência da Rua Antonio Dalmarco, uma via de curta extensão e que termina em um cruzamento em forma de ‘T’ com a rua General Potiguara, existem placas em boas condições de conservação e visualização de velocidade máxima em 40 km/h em ambos os sentidos de circulação, placas de proibição de estacionamento nos trechos em que a via diminui a sua largura, placa de PARE no cruzamento com a General Potiguara. A via também possui pintura sobre o pavimento. A Setran ainda implantou uma proibição de estacionamento entre os dois condomínios da rua para melhorar a visibilidade, pois os caminhões de coleta de lixo estacionavam muito próximos aos portões dificultando a saída dos moradores.
A Setran informa que já está na programação e, em breve, deverá ser realizada a repintura da sinalização e reforço desta com legendas sobre o pavimento indicando a velocidade máxima em 40 km/h.
A Setran também irá fazer uma ação programada de fiscalização para verificar o respeito à sinalização e coibir os excessos de velocidade na região”.