Quem nunca aprendeu a fazer alguma coisa através de tutoriais no YouTube? De maquiagem a fabricação de móveis, dar nó em gravata, fazer baliza; tem de tudo na rede social. E foi através de tutoriais de YouTube que o analista de sistemas Evandro Klimpel Balmant, 33 anos, construiu sozinho um belo sobrado de 200 metros quadrados, no distrito de Marmeleiro, no município de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba.
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Evandro aprendeu tudo pela internet. É claro que também valeram conversas com a tia, que é técnica em edificações, e uma prima, que é arquiteta. Mas foi o orçamento apertado que levou o analista a “meter a cara” em algo que desconhecia completamente. Mas valeu a pena, pois a obra custou 50% a menos do que se ele tivesse contratado todos os serviços (arquiteto, pedreiro, azulejista, etc.).
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O casal, Evandro e a analista de marketing Ane Caroline de Jesus Balmant, 34 anos, precisou exercitar muito a paciência, pois eles demoraram três anos para ir morar lá (onde já estão há um ano e meio). Passaram muitas manhãs e finais de semana batendo massa, assentando acabamentos, empilhando tijolos e tudo o mais que uma obra exige. E a casa ainda não está pronta. O andar de baixo, que tem cozinha, sala de estar e jantar, banheiro, dois quartos, varanda, área de serviço e garagem está pronto. Mas o andar de cima, onde será a espaçosa suíte do casal, ainda está só no cimento. Conforme vai entrando dinheiro no orçamento, vão fazendo uma coisa e outra.
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Acasos da vida
Evandro nunca imaginou que, literalmente, “botaria a mão na massa”. Ele conta que a família de Ane estava fazendo a partilha de uma herança. “Meu sogro ganhou a parte dele de um terreno e falou que a gente podia construir lá se quisesse”, disse o analista, que até então morava de aluguel com a esposa, num barulhento apartamento no Centro de Curitiba, e pagava um consórcio imobiliário (que até hoje não foi contemplado). O casal fez empréstimos, refinanciamentos, juntou salários, 13º e mais quatro férias de ambos. A construção saiu por R$ 150 mil, metade dos orçamentos que fizeram com arquitetos e construtoras, para uma casa daquele tamanho.
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Com as próprias mãos
O primeiro “impacto” foi o orçamento que o casal fez para a fundação: R$ 12 mil só de mão de obra. “Mesmo que juntássemos o meu 13º e o da minha esposa, não pagaria”, diz ele. Então Evandro foi para os tutoriais no YouTube, conversou com a prima e a tia, e mandou ver por conta própria. “Aí eu parei e pensei: se eu consigo fazer a fundação, consigo fazer o resto”, comemorou. Assim ele foi pesquisar sobre o melhor material para as paredes e escolheu o tijolo ecológico, que comprou de uma fábrica no bairro Caximba. “Apesar de ser um pouquinho mais caro que o tijolo comum de barro, ele é muito fácil de montar, porque parece uma peça de Lego e não exige reboco, além de ter um bom isolamento térmico e acústico. Se eu usasse tijolo comum, teria que rebocar, o que acabaria saindo mais caro e um trabalho que talvez eu não soubesse fazer sozinho”, explica.
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Foram poucos os serviços que Evandro precisou de ajuda de seu pai ou de um mestre de obras. “Concreto é uma coisa que não pode ter emendas. Não pode deixar o cimento secar, continuar no dia seguinte. Aí veio meu pai, contratei um pedreiro e fizemos as colunas e lajes num tapa só. Também precisei de um profissional para assentar o porcelanato”, diz. O conhecimento do pai de Evandro com telhados também foi valioso. “A mão de obra do telhado custaria R$ 12 mil. Qualquer corte errado de madeira, perde muito material. Também vi que sozinho não daria conta, porque tem que subir e descer o tempo todo com material. Eu estava em férias, meu pai me ajudou e cobrimos a casa em 15 dias”, diz ele.
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A primeira ideia, disse Evandro, era montar uma casa de madeira. Por uns R$ 3 mil, ele conseguiria comprar um kit de pinus e montar sozinho, para apenas passar os fins de semana lá na chácara. “Mas a madeira não tem bom isolamento térmico e acústico, pega fogo fácil, em 10 anos a casa já não está muito firme, a telha de eternite quebra numa chuva de granizo, tinha muitos riscos que eu não queria passar. Aí passamos a analisar a hipótese de morar aqui e fomos evoluindo a ideia da construção. Cada etapa foi um desafio. Eliminei quase toda a mão de obra, mas valeu muito a pena”, conclui o analista de sistemas.
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