Curitiba

Amigos vendem lona pela internet e faturam R$ 400 mil por mês

Fotos: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná.
Escrito por Giselle Ulbrich

Amigos viram a oportunidade, criaram um e-commerce pra vender lonas plásticas e hoje faturam R$ 400 mil por mês

A crise econômica, com as consequentes demissões nas empresas, fez muita gente empreender. E foi justo esse desespero que fez muitos negócios quebrarem ou prosperarem. Já no caso dos amigos Julivan Arantes da Silva, 36 anos, e Marcelo Benetti, 35 anos, nenhum deles empreendeu porque perdeu o emprego. Eles enxergaram uma oportunidade no meio da crise, aproveitaram o expertise que já tinham e empreenderam num negócio que só cresce: vender lonas plásticas pela internet, algo que, até então, não tinha concorrência digital. O negócio deu certo e, em pouco mais de um ano, já fatura R$ 400 mil por mês.

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Julivan é administrador por formação, mas como seu pai era contador, foi trabalhar nesta função com o pai. O administrador já teve outro negócio próprio mal sucedido e prometeu que nunca mais ia trocar a segurança de um emprego por uma ‘aventura‘. Ele abriu um pet shop num grande shopping de Curitiba. Mas os custos eram muito altos e ele quebrou. “Jurava que nunca mais ia abrir um negócio, porque no Brasil isso é muito complicado. Mas a oportunidade surgiu, pensei muito, e fiz essa transição de empregado para empresário bem devagar. Só tirei o pé do emprego quando vi que o negócio não tinha como dar errado. Acho muita loucura largar uma coisa certa pra arriscar, ainda mais se você tem família, filhos”, ensina Julivan que, hoje em dia, não considera mais a experiência do pet shop como um fracasso, mas um aprendizado para o sucesso.

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A experiência

Julivan trabalhava de contador numa indústria de lonas plásticas. Ele conta que, em 2016, a fábrica não estava competitiva e fizeram uma reunião para encontrar soluções. Foi quando decidiram vender o produto direto para o consumidor final e Julivan sugeriu abrir um site para fazer a venda online. Aí surgiu a paperplast.com.br. Inicialmente, diz ele, ninguém deu bola. Mas insistiu, pediu uma verba ao dono da empresa e, em um fim de semana, montou o site e botou para rodar. Para surpresa de todos, os produtos começaram a ter procura. O contador então foi estudar e fuçar a internet para aprender marketing digital. Pediu mais verba e notou que, quanto mais investia na publicidade digital, mais vendia. Assim, o e-commerce passou a representar 30 a 40% do faturamento da indústria.

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A oportunidade

Porém mesmo com o crescimento, diz Julivan, a fábrica decidiu que não ia mais operar com as lonas. “O negócio estava indo muito bem e, de repente, não tinha mais nada”, analisou o empreendedor, que continuou trabalhando como contador da fábrica. Mas aquilo o deixou inquieto. Ao mesmo tempo que pensava em abrir um e-commerce próprio, se questionava se devia trocar a segurança do emprego pelo empreendedorismo. Decidiu tentar e chamou um sócio, o amigo do Ensino Médio, Marcelo Benetti, 35 anos. Juntos, arremataram um estoque de lonas que a fábrica tinha e, em agosto de 2017, abriram o e-commerce de lonas. Mas os clientes começaram a pedir outros tipos de produtos relacionados e, sentindo-se limitados, os sócios foram buscar novos parceiros.

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Abrir o leque de produtos e fornecedores foi fundamental para o negócio crescer. No início, faturavam R$ 30 mil por mês. Em menos de um ano, chegaram a R$ 150 mil e, atualmente, atingem os R$ 400 mil. Julivan ainda ficou dois meses trabalhando como contador da indústria e, ao mesmo tempo, operando o e-commerce com Marcelo. Quando viu que o negócio estava prosperando e ele não conseguia mais conciliar os dois trabalhos, largou o emprego.

Energia e trabalho

Outro fator que fez o negócio dar certo foi entender quem eram os clientes. Ainda na época em que era contador da indústria de lonas, Julivan notou que o agronegócio alavancava mais da metade das vendas do site. E hoje são os maiores compradores da Paperplast. “Muitas vezes são até pessoas simples, com alguma dificuldade nas compras online. Mas eles nos ligam, a gente ajuda, dá um suporte bem especial. E o pessoal compra mesmo, porque a gente tem bom preço e parceiros de qualidade”, analisa o empresário, que hoje tem muitos concorrentes.

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Baixo custo

A Paperplast tem baixíssimo custo de operação. Começaram, ano passado, em apenas dois trabalhando. Hoje são cinco, todos trabalhando em home office (em casa), o que reduz custos com locação de sala (e todos os custos decorrentes disto, como água, luz, telefone, limpeza, segurança, etc.), deslocamento, estresse, trânsito. “A tecnologia hoje, principalmente o WhatsApp, nos ajuda a estarmos conectados como se estivéssemos juntos. Isso tudo faz as pessoas serem mais felizes e o rendimento da equipe ser muito alto”, explica. O estoque e a logística de envio dos produtos aos clientes é terceirizado, o que também reduz custos.

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Fórmula de sucesso

“Quando a gente vai abrir um negócio, a gente fica empolgado. Eu já era formado em administração, já tinha trabalhado como contador, então achava que tinha talento pro negócio (pet shop). Achava que eu era um abençoado e que qualquer coisa que caísse na minha mão ia dar certo. E não é bem assim. Tem que conhecer bem o ramo, não pode partir pra algo que você nunca viu antes, como no meu caso com o pet shop. Tem que estudar, pesquisar e trabalhar muito, estar no lugar certo na hora certa, ter sorte, estar atento aos detalhes. É o conjunto de tudo que leva ao sucesso”, ensina o empresário que, junto com o sócio, já conseguiu dar aquela suspirada aliviada de “ufa, está dando certo”. Mesmo assim, eles não dormem no ponto. Investem muito em pós venda, fidelização de clientes e inovação.

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Sobre o autor

Giselle Ulbrich

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