Ajude a Duda!

Madalena Lima, 45 anos, que apresentou à Tribuna a pequena Maria Eduarda Ilek de Souza, de 6 anos. A menina sofre de uma doença que ainda não foi diagnosticada e precisa de ajuda para crescer saudável.

Todos os dias, Maria Eduarda sai do bairro Santa Felicidade rumo ao Centro, para estudar em uma escola especial. “Percorro, a pé, o mesmo trajeto, faça chuva ou faça sol. Não meço esforços para ajudar a minha filha”, disse Camila Barbosa Oliveira de Souza, de 21 anos.

Desde o nascimento, Camila sabe que a filha tem algum problema, mas ainda não sabe qual. “Quando ela nasceu, logo teve uma convulsão. Mesmo assim, o médico a liberou e fomos para a casa normalmente. Em casa, não mamava, chorava de fome e começamos a perceber que ela era especial”, contou a mãe.

Voltando ao hospital, a família descobriu que a pequena Maria Eduarda, ou “Duda”, como é chamada, iria depender da mãe para sempre, mas que a busca para descobrir qual doença a criança tem seria árdua. “E assim foi. A gente se mudou de Registro, em São Paulo, para Curitiba, e desde então ela se tornou a minha vida, literalmente”. Hoje, as duas moram com a avó (e mãe de Camila), que trabalha como doméstica.

Os remédios que Duda toma são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Camila recebe uma pensão do pai da menina, mas os gastos são grandes e a mãe, que não pode trabalhar para poder cuidar da filha, precisa de ajuda. “Tentei aposentá-la para poder ter, pelo menos, um dinheiro a mais para dar mais estrutura para ela, mas não conseguimos. Fomos informados que, apesar de ela ser doente, não se encaixa nos parâmetros necessários. Pegamos um advogado que está trabalhando nisso”, contou a jovem mãe.

Duda usa fraldas e precisa de uma alimentação específica para que consiga engolir. Foto: Gerson Klaina
Duda usa fraldas e precisa de uma alimentação específica para que consiga engolir. Foto: Gerson Klaina

Duda usa fraldas e precisa de uma alimentação específica para que consiga engolir. “Como ela não consegue mastigar, a gente amassa, quando é muito grosso batemos no liquidificador, mas ela come bem. É boa de prato” brincou a mãe.

Na Escola de Educação Especial Vivian Marçal, que Duda frequenta todos os dias, a pequena ganhou mais firmeza e força nos braços, mas ainda precisa de um apoio para que evolua. “Tentamos comprar um andador, mas não temos dinheiro. Com esse equipamento ela conseguiria exercitar e não mais engatinhar”, explicou Camila. O andador necessário para Duda seria do modelo transfer, que custa aproximadamente R$ 2.500.

Além do equipamento para fazer com que as pernas se sustentem, Duda também precisa de uma cadeira de rodas que seja do seu tamanho. “A que temos é grande pra ela. Precisávamos de uma cadeira que fosse menor”. Uma cadeira de banho também tem feito falta, pois a família tem improvisado. As ajudas, em dinheiro, comida, fralda ou equipamentos que Duda precisa, podem ser feitas para a mãe, através do telefone (41) 9568-8257.

Corrente do bem

Madalena ajuda muita gente. Não costuma deixar ninguém na mão. Foto: Gerson Klaina
Madalena ajuda muita gente. Não costuma deixar ninguém na mão. Foto: Gerson Klaina

A ajuda para a pequena Duda partiu de Madalena Lima. A mulher, que tem um brechó na Avenida Manoel Ribas, em Santa Felicidade, faz um trabalho social há mais de dez anos. De acordo com Madalena, a vontade de ajudar começou depois que, na infância, ela também foi ajudada. “Tive uma infância difícil, mas tivemos ajuda, algo tão simples para quem ajudou, mas que pra nós fez toda a diferença. Isso me marcou e eu quis fazer algo igual, porque sei que um dia alguém também fará o mesmo por ter recebido o bem”.

Madalena já conseguiu empregos para haitianos, já ajudou gente que precisava fazer carteira de identidade porque não tinha, mas o que a comove mesmo é a doença. “Muitos hospitais estão cheios de gente sofrendo, muitas famílias não sabem o que fazer para conseguir uma consulta médica que seja, e eu busco justamente por essas pessoas, porque me faz muito bem deitar a cabeça no travesseiro e saber que consegui. Uma pessoa que seja, me realiza demais”.

Pela manhã, a mulher trabalha no brechó, mas o trabalho já é parte de suas ideias sociais e faz com que fique sempre atenta. Foi enquanto trabalhava que Madalena viu Camila e a pequena Duda.

“Todos os dias ela (a mãe) chega com a filha para esperar o ônibus. Durante uma semana eu as observei até que tomei coragem e fui perguntar se ela precisava de ajuda”, contou. A intenção de Madalena é ajudar ainda mais gente e com a ajuda da Tribuna e seus leitores. “Só assim, unindo forças, a gente consegue fazer um mundo melhor. Faremos uma corrente do bem”.

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