Como este inverno será rigoroso, com probabilidade de temperaturas negativas e várias geadas, o jeito é colocar mais roupa e aquecer o ambiente. Alguns lojistas aproveitaram o frio intenso da semana retrasada para subir os preços. Mas a grande maioria congelou ou reduziu os valores dos produtos de inverno em até 50%, para desovar os estoques que não foram vendidos nos dois últimos anos, quando quase não fez frio. Foram nestas lojas com promoções que o movimento triplicou após a onda de frio da semana retrasada. A Tribuna foi ao Centro de Curitiba, “à caça” das opções que cabem no bolso.
Há muitas lojas com bons preços nas ruas José Loureiro, Pedro Ivo, Barão do Rio Branco, Voluntários da Pátria e Westphalen e arredores das praças Rui Barbosa e Carlos Gomes. Nas lojas dos “turcos”, na Rua Pedro Ivo, tem blusa de lã básica a R$ 10 e sobretudo de lã que não passa água e vento a R$ 29,90, por exemplo. Uma das lojas, que vende atacado e varejo, bem no meio da quadra, resolveu reduzir em torno de 50% o preço de alguns produtos. O casacão de lã, que ano passado custava R$ 130, está por R$ 69. A blusa de moletom masculina caiu de R$ 89 para R$ 39.
Nas Loja França, na Rua Barão do Rio Branco, esquina com a José Loureiro, o motorista Pedro Laureci de Freitas, 41 anos, parou para comprar gorros, meias e luvas, principalmente para o filho de dois anos. “Já viemos ontem comprar roupas de frio. Mas não deu tempo de fazer tudo e voltamos hoje”, disse o motorista. Ele conseguiu uma jaqueta forrada para o filho, por R$ 40, e calças jeans a R$ 65. “Andando por aí dá pra achar coisas baratas”, comentou.
“Nestes dias frios, os clientes pediam roupas mais pesadas: luvas gorros, jaquetas. Tenho acompanhado a previsão do tempo. Ainda bem que estava preparado”, contou o lojista Ibrahim Charchich, da Rua Pedro Ivo.
Numa loja de pijamas, na entrada de um shopping direto das fábricas da Rua XV de Novembro, o produto mais quentinho, de moletom apeluciado por dentro (feminino) subiu cerca de 20% e é encontrado por R$ 59. Para quem quiser terminar a andança pelo Centro com um quentão, um vendedor ambulante na Rua Pedro Ivo, quase na Praça Carlos Gomes, vende o copo de 300 ml a R$ 5 e o de meio litro a R$ 7.
Aquecendo a casa e a cama
Além de aquecer o corpo, o Centro também está repleto de opções para aquecer a casa. Na loja de enxovais Bem Me Quer, da Rua Pedro Ivo, tem manta de microfibra, bem macia e quentinha, a R$ 29,90. Uma vendedora contou que a loja está vendendo mais de 100 por dia. “Tem gente que leva até cinco, uma para cada pessoa da família, ou para doação”, revelou.
Os aquecedores que sobraram do ano passado não tiveram o preço alterado, mas já estão acabando. Há modelos com resistência, lâmpadas halógenas e a óleo, que podem ser encontrados de R$ 99 a R$ 250. Na Multiloja da Avenida Marechal Deodoro, são vendidos cerca de 60 aparelhos por dia. Ao lado, nas Casas Bahia, no dia que geou, foram vendidos 193 aquecedores. “Vendemos o que sobrou do ano passado. Já pedimos uma nova remessa pequena, que também já acabou, e estão chegando mais umas 100 peças, que devem ser vendidas rápido”, disse Gledson Paniagua, gerente da Casas Bahia. Por segurança, por não queimar oxigênio, a maioria dos clientes tem pedido o aquecedor a óleo.
Na Casa Suissa, na galeria de mesmo nome, a procura por lençóis térmicos triplicou. Há modelos de R$ 150 a R$ 500, preços que variam pelo tamanho da cama. Já na Vita’s Materiais Médicos, na Rua Lourenço Pinto, triplicou a venda de lençóis, que não tiveram os preços reajustados desde o ano passado. Boa parte dos clientes atendidos também procura bolsas de água quente e de gel, que tiveram os preços corrigidos. “O estoque que antes do frio demorava pouco mais de um mês para ser vendido, acabou em duas semanas”, relatou a vendedora Giovana Bonini.
Belos produtos artesanais
Duas feiras especiais de inverno estão acontecendo nas praças Osório e Santos Andrade. São ótimas opções para quem quer enfrentar o frio com produtos artesanais.
Há toucas de lã, polainas, golas e luvas de lã, tip tops de bebês feitos de soft, chinelos, pantufas, uma touca/cachecol de soft que tem 26 jeitos diferentes de usar, entre outros. As vendas têm sido tão boas, que nos intervalos das vendas os artesãos não param com as agulhas de tricô e crochê, para repor o estoque.
Na feira tem opções até para cães e gatos, como toucas de lã, capas apeluciadas, roupas de soft e casinhas com pele por dentro. “Graças a Deus as vendas estão boas. Estou me revezando com minha esposa. Enquanto um está aqui vendendo, o outro está em casa produzindo”, contou o artesão Júnior de Melo Manei.
As feiras especiais de inverno vão até 16 de julho. Na Praça Osório (onde há 61 barracas), o atendimento de segunda a sábado vai das 10h às 21h e aos domingos, das 14h às 20h. Na Santos Andrade (20 barracas), vai de segunda a sábado, das 10h às 20h e, aos domingos, das 14h às 19h.
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