“Quando tem aqueles fenômenos lindos, como a ‘lua de sangue’ o pessoal se reúne, senta aqui para assistir, comemora. O ruim é que eu consigo ver debaixo do viaduto e vejo que a estrutura está rachando. Já liguei diversas vezes para a prefeitura e infelizmente eles nunca fizeram nada, até apareceram, arrumaram a calçada, mas as rachaduras permanecem lá”, contou Carlos Roberto Kiaulenas Tworkoski, de 56 anos.
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Morador de Curitiba há décadas, assim dito por ele, o servidor público federal procurou a Tribuna para falar sobre o abandono da Praça das Nações, no bairro Alto da XV, um dos pontos mais altos da cidade. Com vista privilegiada, é claro que a praça virou ponto de encontro de amantes da lua e das câmeras fotográficas. Apesar da paisagem belíssima, a visão de moradores, comerciantes e até mesmo de turistas, é outra. Rachaduras, calçadas em desnível, escadaria com piso irregular, falta de poda e jardinagem são apenas alguns dos problemas relatados por quem passa por ali. Para quem é frequentador assíduo, o sentimento de preocupação passou a ser rotineiro, ainda mais diante de tantas tragédias registradas no país.
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“Eu sempre vim nessa praça, desde criança, e fico triste, pois é um pedaço da minha casa. Sempre que eu passo aqui noto que está mais torta, com pedras fora do lugar, os bancos de concreto ficaram distantes do chão, a terra passou a cobrir tudo. Eu ainda acho que corremos muito risco, é complicado demais”, disse um morador que preferiu não ter o nome divulgado.
Para o comerciante Gicelo Sturião, de 63 anos, conhecido como Célio, o sentimento é quase o mesmo. Quando mencionamos a praça, é impossível não se lembrar do tradicional caldo de cana, e é ele o responsável por esta lembrança. Com simpatia e bom humor de sobra, ele conta que trabalha na praça há mais de 25 anos e que antes dele o cunhado trabalhou por 21. Com diversas histórias boas para contar sobre o trabalho, ele revelou à reportagem como gostaria de ver o lugar.
“Eu queria que as rachaduras fossem arrumadas e que olhassem mais pra gente, né? Eu acompanhei de perto todos os crescimentos da cidade. Vi melhorias na praça, vi a vista ficar mais bonita e os prédios serem construídos, vi o parquinho ser trocado de lugar, para que as crianças pudessem brincar, vi as floreiras serem feitas. Espero, de verdade, que tudo seja arrumado em breve”, contou empolgado.
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Apesar de idealizar a praça “dos sonhos” com animação, Célio confessa que teme uma tragédia e torce para que tudo seja resolvido em breve. “As rachaduras surgiram, a calçada passou a levantar, e é triste, porque é um ponto muito conhecido. Até mesmo alguns turistas de fora vêm aqui, para conhecer. Eu tenho medo de descer ‘tudo’, tenho medo de acontecer como em outras cidades, onde desaba. Espero que eles arrumem, porque talvez as pessoas não tenham reparado, mas tá perigoso para quem frequente o lado mais alto da praça”, disse.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Curitiba disse que haverá uma vistoria para que seja possível apurar causas e definir soluções das rachaduras. Além da vistoria, o órgão disse que equipes de manutenção farão a roçada e limpeza periódica em cerca de 15 dias, conforme o cronograma de trabalho do Departamento de Parques e Praças, e que serão programadas a poda das árvores e a pintura dos equipamentos.
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