A gravidez planejada da recepcionista Stella Ferreira do Couto, 32 anos, acabou se tornando em uma tripla surpresa. Moradora de Colombo, região metropolitana de Curitiba, em abril ela descobriu que será mãe de três meninas. O trio já tem até nome: Alícia, Lívia e Clara – vendo os exames pré-natal, porém, a mãe ainda não definiu quem é quem.

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A notícia da gravidez tripla foi um susto grande, ainda mais com a crise econômica da pandemia de coronavírus. Stella e o marido, o autonômo Adriano Seccon, 34 anos, buscam apoio com amigos e familiares. O casal já tem recebido doações de roupas e fraldas. Mas, segundo os pais, nunca se sabe tudo o que será preciso para garantir o bem-estar dos três bebês. As meninas devem nascer em setembro ou outubro. Stella já é mãe de uma menina de 12 anos.

A recepcionista, que trabalha em uma clínica de oftalmologia de Curitiba, conta que planejou engravidar durante um ano. Em março, os exames atestaram a gravidez. “Foi uma alegria sem tamanho”, relembra ela. Porém, a preocupação com o bem-estar da nova vida se intensificou com a chegada da pandemia. “Ficamos bastante nervosos, pois eu saio para trabalhar todos os dias. E o pânico aumentou quando descobrimos que seriam três”, ressalta Stella, contando que nunca fez tratamento para engravidar.

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O apoio de três amigas que organizaram pedidos de doação aliviou um pouco a preocupação de Stella [veja como ajudar no fim do texto]. O casal mora no Jardim Arruda, em uma edícula nos fundos da casa da mãe do marido. E já em julho o bairro preparou a primeira surpresa pras trigêmeas, uma charreata – chá de fralda feita de carro, para evitar aglomeração e o contágio da covid-19.

“Minha amiga organizou tudo. Eu já estava preocupada, porque não sou de ficar pedindo ajuda, doações, e com a pandemia não podia fazer o chá de bebê. Fiquei emocionada com a ideia da minha amiga e muitos amigos participaram e me deram bastante coisa”, comemora a mãe.

Bebês vêm antes do tempo

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Stella está com seis meses de gravidez. Tudo corre bem com a saúde dela e das meninas. Mas por serem três bebês a orientação do pré-natal é de que a mãe sustente a barriga apenas até o momento em que o corpo suportar. Portanto, é provável que as trigêmeas nasçam antes dos nove meses. “Eu ainda tenho um porte físico menor. Então, em setembro ou outubro elas nascem”, revela.

Enquanto isso, o casal se vira economicamente. O marido faz bicos como caminhoneiro e a Stella segue trabalhando, indo de carona com o marido até a casa de uma colega e, depois, de carona até Curitiba. A clínica onde ela trabalha segue todos os protocolos sanitários para combater o contágio do coronavírus e está com a agenda de atendimento programada para poucos pacientes para evitar aglomeração. “A preocupação existe. Eu me cuido bastante. Já realizei o teste de covid-19 e deu negativo”, diz grávida.

Trio já tem nomes!

Passados os primeiros meses da surpresa e do pânico, a mãe diz que agora é só alegria. “Já nos acostumamos com a ideia e as meninas já têm nome. São a Alícia, Lívia e Clara”. Mas a mãe ainda não sabe quem é quem. “Por enquanto, no pré-natal, elas ainda são chamadas de A, B e C. Estou louca para conhecê-las e dar o nome de acordo com a carinha de cada uma”.

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Segundo a Stella, a outra filha dela, Larissa, já ama as irmãs. “Ela brinca que pediu a Deus um irmão e ganhou três. É só felicidade. Mas ela também entende que vamos precisar de bastante ajuda. É bom saber que, nessas horas podemos contar com a família e amigos. Vai dar tudo certo”.

Ajuda

Para ajudar o casal com doações é preciso ligar para a assistente administrativa Fabi Moraes, 28 anos, que com mais duas amigas, a Elisangela e a Fernanda, está ajudando o casal. “Somos amigas há seis anos. Decidi ajudar porque a Stella é muito importante para mim. Alguém que me ajudou muito nos melhores e piores momentos, que sempre esteve comigo”, contou.

O telefone de contato é o (41) 99831-7605. A preferência é por mensagens de WhatsApp. “Estamos com a meta de um carrinho de bebê para trigêmeos”, pediu a Fabi Moraes.