A rotina em uma casa no bairro Arruda, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba está completamente alterada desde o último sábado (7), com a chegada das trigêmeas Alice, Lívia e Clara. Os pais Adriano Seccon e Stella Ferreira do Couto estão se adaptando à nova vida e estão curtindo cada momento ao lado das filhas. A responsabilidade triplicou, mas o carinho e o amor superam qualquer insônia e medo de errar.
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A Tribuna do Paraná contou a história deste casal que foi pego de surpresa com a gravidez das três meninas, que nasceram prematuras aos oito meses, no dia 19 de outubro. No total, foram 18 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ganhar peso e até tratar de uma pequena bactéria. A menor do trio foi a Lívia que nasceu com 1,850 kg, seguida pela Clara (2,085 kg) e depois pela Alice (2,100 kg). Apesar de ser a maiorzinha e mais velha do grupo, Alice foi a que precisou de mais cuidados no hospital.
“A Alice teve um probleminha no comecinho e precisou de antibiótico. Já a Lívia e Clara fizeram companhia para ganhar peso. O hospital foi muito importante e ficamos mais tranquilos com elas tendo total atenção dos enfermeiros e médicos. Além disto, passaram para a gente os cuidados que precisávamos ter com elas”, comentou Stella que ainda é mãe de uma menina de 12 anos, a Larissa.
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Quantos aos cuidados, os pais planejaram uma operação quase de guerra para cuidar das filhas. Anotações para cada bebê, fralda trocada a cada três horas, mamadeiras e cuidado com o banho. Por dia, são utilizadas em média 15 fraldas, ou seja, cinco para cada uma. Nas madrugadas, a cada choro, o alerta nos pais é acionado. “Nesta madrugada foi bem tenso, mas estamos aqui para aliviar qualquer problema. A Alice é a mais chorona, talvez por ser um pouquinho mais frágil, mas logo vai entrar no ritmo. A ideia é manter o ritmo dos dezoito dias que elas ficaram no hospital até para a gente também se adaptar”, relatou a mãe.
Preocupação com o coronavírus
Com a pandemia de coronavírus, infelizmente as meninas não estão recebendo muitas visitas. A equipe médica orientou que somente depois do primeiro mês de vida e com a imunidade mais forte, Alice, Lívia e Clara poderão, aos poucos, ter contato com mais familiares e amigos. “Não é fácil, pois muita gente nos ajudou. Recebemos várias doações e seria legal agradecer pessoalmente, mas não dá. Pouquíssimas pessoas conheceram elas, mas logo isto vai acabar. Importante é dar segurança para as meninas e para a gente”, afirmou a mãe que trabalha como recepcionista de uma clínica de oftalmologista. Já Adriano é autônomo.
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Esta situação de não receber visita em casa, no entanto, está sendo muito bem recebida pelos amigos. Fabi Moraes, 28 anos, assistente de faturamento de um hospital, ajudou ao lado das amigas Elisangela e a Fernanda, a arrecadar fraldas e roupas em uma charreata (chá de fralda com carros). Com os bebês em casa, a expectativa de conhecê-las aumenta a cada dia. “Desde o primeiro momento, eu comecei a amar essas meninas, foram muitos pedidos de ajuda, muitas orações e muita ansiedade para a chegada delas. Foram alguns dias na UTI, e hoje elas estão em casa, e eu? Bom eu estou contando os minutos para poder conhecê-las e dar mordidas”, confessou Fabi.
Mais ajuda!
Apesar do apoio de amigos e também de pessoas que leram a reportagem da Tribuna do Paraná, a família ressalta que a ajuda com fraldas e leite, segue sendo bem-vinda!
“A fralda sai bastante e nunca é demais. A reportagem foi muito importante, pois uma pessoa de São Paulo fez a doação de três berços e dos carrinhos. A procura foi muito grande e estamos aprendendo todos os dias seja com elas ou com esta correria. Está valendo muito a pena tudo isto e estamos bem felizes”, completou Stella.
Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com a amiga Fabi. O telefone dela é o (41) 99831-7605. A preferência é por mensagens de WhatsApp.