A vida da família de Manoel Gonçalves da Silva, 58 anos, começa a ganhar mais um capítulo – escrito por muita gente. O jardineiro, que ainda vive de favor em uma humilde casa de madeira, na zona rural de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, não vê a hora de se mudar para a nova residência.
Em setembro, a Tribuna contou a história dele. Além de Manoel, vivem no mesmo lugar a esposa Sirlene e dois filhos, sendo que um deles tem síndrome de Down e paralisia nas pernas. A irmã deles, uma menina de quatro anos, mora com a tia. O jardineiro é o único a trabalhar na família e a renda é de, aproximadamente, R$ 1 mil. O local tem apenas três cômodos e energia elétrica é precária. Ligar a geladeira, não dá. Se alguém fizer isso, todos ficam no escuro. Fora isso, o banheiro também é improvisado.
O novo lar fica a 3 quilômetros da morada atual, em parte é feito de alvenaria, a outra parte, de madeira. Em fase final de construção, logo passará a abrigar os quatro. Em um espaço maior e mais bem estruturado, Samuel terá, pela primeira vez, o próprio quarto. “Gostei muito, a casa está muito linda e vou poder estudar no meu cantinho”, garante, sorridente.
Tudo isso só foi possível graças à ajuda de leitores da Tribuna, que, ao se sensibilizarem com a reportagem, se mobilizaram e doaram materiais de construção e alguns móveis. “Veio madeira, tijolo, telha, forro, porta, maçaneta, janela, terra. O pessoal ajudou muito e o meu desejo é que Deus dê a eles tudo em dobro”.
Funcionário de uma chácara, seu Manoel viu o ato de solidariedade partir dos próprios colegas de trabalho, que, em um primeiro momento, conseguiram o básico para o início da obra. São eles, também, os responsáveis pela mão de obra e por transportar as doações até a nova casa.
“Depois da reportagem, muita gente ligou. Nós conseguimos um colchão, uma máquina de lavar roupas, uma geladeira e um sofá. Já é um começo”, comemora uma amiga da família, que prefere se manter no anonimato.
Cães em busca de um lar
Atualmente, a área verde ao redor da casa emprestada é grande. Por isso, cães que são encontrados ou abandonados na região acabam adotados por Sirlene, que sabe o nome dos quase 30 cachorros. No entanto, para poder se mudar, a família terá que doar pelo menos alguns animais, por falta de espaço. O gasto mensal, só com ração, gira em torno de R$ 200.
Ainda falta coisa
Para uma casa completa, a família ainda precisa de todos os utensílios de cozinha e também eletrodomésticos. Cortinas, mesa de jantar, cadeiras e roupa de cama são essenciais. Outros itens, mas não menos importantes, são as bicicletas de Manoel, Sirlene e Samuel – que foram roubadas há pouco tempo. Sem carro, esse é o único meio de transporte dos três. Nas palavras de Manoel, Sirlene e Samuel, “toda ajuda é bem-vinda”. Se tiver interesse em ajudar, entre em contato com: Ana (41) 98434-1302 ou Rosalina (41) 98861-5838.