Estudantes da UFPR fazem vaquinha pra ajudar pais de estudante de medicina que morreu

Estudante de Medicina da UFPR Hemely Mairi Frazão faleceu há um mês após cirurgia na cabeça. Foto: Arquivo pessoal

A estudante do primeiro ano de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Hemely Mairi Frazão, de 17 anos, tinha o sonho de construir uma casa para os pais, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, mas ela acabou falecendo há um mês da síndrome de Arnold-Chiari, uma má formação do sistema nervoso central. A estudante teve complicações em uma cirurgia na cabeça e não resistiu. Porém, o sonho segue de pé após os colegas de faculdade e familiares da estudante criarem uma vaquinha virtual para arrecadar fundos e ajudar na construção da casa.

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O objetivo é arrecadar R$ 30 mil por meio de uma vaquinha virtual. Até a manhã desta segunda-feira (14), a campanha solidária já havia arrecadado R$ 24,1 mil. Para colaborar, basta acessar o link da vaquinha.

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Hemely Mairi Frazão com os pais Agostinho e Mariza: orgulho da filha que seria médica. Foto: Arquivo pessoal.

Os pais da Hemely Mairi têm problemas de saúde e vivem sozinhos em uma casa de madeira com mais de 100 anos, na região de Ribeirão das Onças, zona rural de Colombo. Por isso a estudante era tão empenhada em conquistar o sonho de dar uma residência mais confortável e com acessibilidade para eles. O pai, Agostinho Frazão, 44 anos, tem problemas de visão desencadeados por glaucoma. A mãe, Mariza Frazão, 58 anos, tem dificuldade de locomoção por sequelas de uma paralisia infantil.

O dinheiro guardado pela família até então foi todo usado no tratamento de Hemely Mairi, inclusive no pagamento da cirurgia. “Ela que cuidava de tudo. A morte da filha impactou bastante na vida deles. Era uma menina especial, praticamente  a mãe deles”, disse o cunhado de Hemely, o chefe de setor Ademir Zandonardi Coelho, 34 anos.

Procedimento era simples

Coelho conta que o irmão da jovem, Higor Frazão, 21 anos, estuda História na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) com bolsa de 100%, mas mora em Curitiba. “Por facilidade de deslocamento até a faculdade, ele mora com familiares. Não tem sido fácil. Porém, agora, com as aulas online, ele está um período na casa dos pais”, explicou. 

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Cara onde os pais da estudante de medicina Hemely Mairi Frazão, que morreu há um mês, em Colombo. Foto: Arquivo pessoal

Já a jovem estudava medicina para dar condições de vida melhores aos pais. Quando a filha adoeceu, os pais conseguiram recursos para pagar a cirurgia com o corte de árvores da propriedade rural.  

O cunhado conta que a morte da estudante pegou a todos de surpresa. “Era um procedimento rápido na cabeça e todo mundo estava tranquilo. Infelizmente, o problema se agravou e a perdemos”, lamenta. Para contribuir com a construção da casa nova dos pais de Hemely Mairi é preciso acessar o link da vaquinha.

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