Lazer estragado

Escrito por Magaléa Mazziotti

Ao longo da rua Edith Ramos Righi, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), o “valetão” a céu aberto está coberto apenas pelo mato que há meses aguarda para ser devidamente cortado. Estes entraves, porém, não evitam que a população desfrute do espaço de lazer localizado do outro lado da valeta.

Mato alto e valetão a céu aberto são bastante criticados pelos frequentadores da pracinha. Foto: Ciciro Back
Mato alto e valetão a céu aberto são bastante criticados pelos frequentadores da pracinha. Foto: Ciciro Back
João Benedito: só falta o prefeito cumprir a promessa que fez para mim. Foto: Ciciro Back
João Benedito: só falta o prefeito cumprir a promessa que fez para mim. Foto: Ciciro Back

Os moradores antigos sabem como cada pedacinho da pracinha demorou a ser conquistado. ‘Temos cancha, campinho, academia ao ar livre e até um lugar para colocar rede de vôlei. Aqui melhorou muito, agora só falta o prefeito cumprir a promessa que fez para mim de terminar a canalização desse córrego que virou um valetão”, afirma o aposentado João Benedito de Carvalho, 61 anos, que há 26 anos é morador da região.

Kedison teme doenças. Foto: Ciciro Back
Kedison teme doenças. Foto: Ciciro Back

O vendedor Kedison Carlos da Silva, 28, que há 15 anos vive no bairro, conta que não deixa de jogar bola com os amigos da vizinhança mesmo com as dificuldades provocadas pela falta de manutenção. “O local melhorou muito, mas se eles fechassem a valeta não perderíamos mais bolas e não viriam tantos ratos e baratas para as nossas casas”, explica. Pai de um menino de quatro anos, ele não consegue deixar o filho brincar com tranquilidade. “Dá muito medo que ele pegue alguma doença nessa água”, comenta.

Com a valeta aberta e o mato alto, o local também é um convite à falta de consciência por parte de pessoas que aproveitam para jogar entulhos. Há um trecho, na altura do cruzamento com a rua Leoniro Gerhke, que está delimitado por uma cerca de arame farpado e abriga mais resíduos.

De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), estava programada para fevereiro uma nova limpeza e manutenção do espaço, incluindo serviços de roçada. Também procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Obras (SMO) explicou que está em andamento um projeto para viabilizar a canalização em “U” no local e que será encaminhado à SMMA, responsável pela emissão de autorização ambiental. Feito isso, serão avaliados os custos. No curto prazo, a SMO também se comprometeu a realizar serviço de limpeza interna do canal e desassoreamento para evitar erosão do solo.

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Magaléa Mazziotti

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