Gêmeas idênticas dão à luz no mesmo dia: gravidez e parto não foram planejados!

Irmãs gêmeas de Curitiba tiveram filho no mesmo dia. Detalhe: elas não planejaram a gravidez e muito menos o parto. Os bebês vieram de forma natural, no tempo deles

Dizem que irmãos gêmeos sentem as mesmas coisas, ficam doente juntos, até sabem o que o outro está pensando. São coisas que a ciência não explica. Já a mãe natureza não costuma explicar nada, apenas trata de criar belas histórias, como das irmãs gêmeas idênticas Leia e Luane da Silva Ribeiro, 23 anos, moradoras da Vila Sabará, no bairro CIC, em Curitiba. Elas engravidaram juntas e tiveram filho no mesmo dia, no último feriado de 7 de setembro. Não foi nada combinado e os bebês vieram de forma natural, com 39 semanas de gestação.

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Luane é mãe do pequeno Arthur Rafael, que nasceu às 8h56 de sábado (07) com 2.800 Kg. Léia é mãe do Kevin Gabriel, que nasceu às 13h25, do mesmo dia, com 3.400 Kg. Luane conta que suspeitou primeiro da gestação, em janeiro. Ela contou à irmã que estava com a menstruação atrasada. Léia achou engraçado, pois a sua também estava. As duas desconfiaram de gestação e juntas fizeram o exame de farmácia, que deu positivo para ambas.

Elas ficaram surpresas, pois não tinham conversado nada antes sobre o assunto e nem tinham planejado engravidar. Luana já era mãe de um menino de 3 anos e Léia tem outros dois filhos, uma menina de 5 anos e um garoto de 2 anos. Ao iniciarem o pré-natal, viram que as datas previstas de parto eram muito parecidas: a de Léia era 9 de setembro e a de Luane dia 11. As duas riram e disseram: “Só falta nascer no mesmo dia”. E não é que os bebês nasceram quase juntos, de forma natural!

Luane (esquerda) é mãe do pequeno Arthur Rafael, que nasceu às 8h56 de sábado (07) com 2.800 Kg. Léia é mãe do Kevin Gabriel, que nasceu às 13h25, do mesmo dia. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná.
Luane (esquerda) é mãe do pequeno Arthur Rafael, que nasceu às 8h56 de sábado (07) com 2.800 Kg. Léia é mãe do Kevin Gabriel, que nasceu às 13h25, do mesmo dia. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná.

Bolsa rota e contrações

Na noite da última sexta-feira (06), faltando 10 minutos para meia-noite, a bolsa de Luane rompeu. Ela foi para o hospital e, como não teve dilatação, acabou indo para cirurgia cesárea. Arthur nasceu quase às 9h de sábado. “Eu fiquei em casa cuidando do outro filho da Luane. Mas eu já sabia que se o dela estava nascendo, o meu também viria em questão de horas”, contou Léia, que no final da madrugada já começou a sentir cólicas. Já fazia duas semanas que ela estava com 3 centímetros de dilatação. Então como as contrações foram ficando fortes, ela foi para a maternidade, onde chegou às 10h da manhã com 6 de dilatação. Não demorou muito e, pouco depois das 13h, nasceu Kevin, de parto normal.

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A notícia das irmãs gêmeas que tiveram filhos no mesmo dia movimentou o Hospital do Trabalhador, ond30e elas estavam internadas. Acabaram ganhando um quarto só para elas duas, para ficarem “em família”. A notícia se espalhou rápido e todas as enfermeiras e médicos achavam inédito o acontecimento. Lucas, pai do pequeno Kevin, diz que a emoção de ter seu primeiro filho, numa situação tão especial quanto essa, foi indescritível. “Na rua onde eu moro isso virou assunto, todo mundo comentando”, disse ele. As avós também ficaram muito emocionadas. A Denise se apressou para contar essa novidade à Tribuna. E a Marlene adorou que seu neto Kevin nasceu com a cara de seu único filho, Lucas.

Rotina da família mudou por completo com a chegada dos priminhos. Olha só a quantidade de roupinhas no varal! Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná.
Rotina da família mudou por completo com a chegada dos priminhos. Olha só a quantidade de roupinhas no varal! Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná.

Coisa de gêmeos

Léia e Luane contam que possuem amigas gêmeas. Porém nenhuma das amigas diz ter a conectividade que elas duas possuem uma com a outra. “Desde criança. A Luane fica doente, daqui a pouco eu fico doente igual. Nossa mãe até já marcava consulta pra nós duas juntas, porque era batata. Em poucas horas, a outra adoecia igual. E a gente sempre sente o que a outra sente, pensamos igual. Por isso eu não duvidei que nosso filhos nasceriam juntos. E não fizemos absolutamente nada. Eles vieram naturalmente”, diz ela.

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Apesar da conectividade das gêmeas e de seus filhos nascerem quase juntos, elas dizem que os dois priminhos ainda não demostraram nenhum tipo de “conexão”, como chorar, acordar ou pedir mamá no mesmo momento. “Mas ainda é cedo né. Acho que quando crescerem mais um pouco vão ser bons amigos, daqueles de andar juntos sempre e um entender o outro”, diz uma das irmãs.

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Giselle Ulbrich

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