Caminhos difíceis

Escrito por Adriana Brum

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha que as pessoas façam pelo menos 30 minutos diários de atividades físicas para a manutenção da qualidade de vida. Porém, em muitas regiões, a falta de um local adequado prejudica que se coloque tal proposição em prática.

Josefa organizava exercícios. Foto: Ciciro Back.
Josefa organizava exercícios. Foto: Ciciro Back.

É o que aconteceu com um grupo de idosos das Moradias Vitória Régia, na Cidade Industrial, que, com o rápido crescimento urbano da região, viu-se em risco nos locais em que praticava as caminhadas, que duravam até uma hora.

O local que usavam para se exercitar era a Rua Paul Garfunkel, no início da manhã. Mas, com o alto tráfego de veículo, especialmente de automóveis de grande porte, decidiram deixar as calçadas daquela rua para os mais jovens.

Insegurança

Marcos: falta lugar pra andar. Foto: Ciciro Back.
Marcos: falta lugar pra andar. Foto: Ciciro Back.

“Achamos melhor não andarmos mais por lá e o grupo se desfez”, conta a massoterapeuta Josefa de Campos de Souza, 42 anos, que organizava as caminhadas. “Sigo caminhando em outras ruas do bairro, mas tem muito carro nas calçadas e muito cachorro solto na rua. Não é seguro. Temos de ficar sempre de olho na rua, já que não ficamos só na calçada”, diz a aposentada Divina Silva Rocha, 66 anos.

O porteiro Marcos Lima, 53 anos, usa os equipamentos da academia ao ar livre na praça Antônio Sebastião da Cunha Gebran, mas concorda que falta um lugar no Vitória Régia para caminhadas. “Nas ruas sempre tem de ficar de olho nos carros, é muito trânsito”, diz.

Prefeitura não tem o que fazer

As secretarias de Urbanismo e de Trânsito do município afirmam que não há muito a fazer.

O calçamento é de responsabilidade de cada morador. Já na Rua Paul Garfunkel, não constam reclamações recentes de atropelamentos ou acidentes no passeio compartilhado da via e ela é considerada segura para pedestres.

Em caso de má conservação das calçadas, recomendam que os moradores denunciem pelo telefone 156, para que sejam feitas intensificadas as fiscalizações na região.

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Adriana Brum

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